SUS: avaliação da eficiência do gasto público em saúde
SUS: evaluation of the efficiency of public health spending
Ano de publicação: 2022
Após a fase aguda da pandemia de covid-19, que originou uma crise sanitária
mundial, matando aproximadamente 700 mil pessoas no Brasil, parece importante refletir sobre a necessidade de se aumentar os recursos destinados ao Sistema Único de
Saúde (SUS).
Criado na Constituição federal de 1988, o SUS sofreu desde seu nascedouro com
o esvaziamento do orçamento da seguridade social e o subfinanciamento das ações e
serviços públicos de saúde.
A partir de 2016, após a queda da presidente Dilma Rousseff, essa situação se agravou, provocando, entre outros, um processo de desfinanciamento do SUS, no contexto
do aumento da pobreza e da desigualdade.
Neste cenário, a ‘eficiência’ aparece como panaceia administrativa, a qual, em
nosso caso, acaba servindo para reforçar a ideia de que os problemas do SUS resultam
da falsa dicotomia entre financiamento e gestão – quando é plausível admitir, que boa
parte de seus problemas de gestão, tenham decorrido em razão de um quadro de restrição orçamentária.