3ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde: relatório final

Ano de publicação: 2007

O Conselho Nacional de Saúde – CNS aprovou na sua 165ª reunião ordinária, nos dias 08 e 09 de maio de 2006, o relatório da 3ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – CNGTES. Tratase do resultado de um amplo e ascendente processo de discussão e síntese das 6.055 propostas oriundas de 27 relatórios aprovados nos estados e no Distrito Federal. A etapa nacional, realizada em Brasília entre os dias 27 e 30 de março de 2006, contou com a participação de 1.371 delegados, distribuídos paritariamente. A força e organização do controle social do Sistema Único de Saúde (SUS), mobilizadas na 3ª CNGTES, enfatizaram a necessidade de avanços na valorização daqueles que trabalham e dedicam suas vidas ao cuidado da saúde de nossa gente. Trabalhadores da saúde, imprescindíveis para que cada um dos usuários do SUS encontre, em suas necessidades, um atendimento mais humano, mais acolhedor, eficaz e eficiente. Vínculos precários, formação não orientada aos princípios do SUS, gestão centralizada e antidemocrática, escassez de recursos, terceirização de serviços, falta de incentivos para a educação permanente do trabalhador em saúde, foram alguns dos aspectos apontados como impedimentos para os avanços desejados. Questões amplamente discutidas nos quatro grandes eixos temáticos da conferência. O CNS fez da 3ª CNGTES estratégia para o estabelecimento de uma agenda positiva de enfrentamento desses desafios. Deflagrar e realizar a terceira edição desta conferência significou, em muitos aspectos, revisitar pautas anteriormente tratadas, mas não implementadas. Isso aumenta a responsabilidade do CNS e de todos os envolvidos na efetivação das proposições aprovadas. Este documento apresenta 528 propostas aprovadas na 3ª CNGTES e deliberadas na íntegra pelo CNS, marco histórico do pensamento brasileiro sobre como deve ser pautada a Política Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Sua força reside no fato de ser resultado de um trabalho coletivo e participativo. Usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviço encontrarão nesse relatório alimento imprescindível para reavivar suas lutas soberanas por um trabalho em saúde: digno, livre e em prol de uma sociedade melhor.

Mais relacionados