Identificação de antropofagia em fêmeas de Aedes aegypti visualmente classificadas como não ingurgitadas
Identification of anthropophagy in female Aedes aegypti visually classified as non-engorged
BEPA, Bol. epidemiol. paul. (Impr.); 17 (193), 2020
Ano de publicação: 2020
Recentemente o Brasil sofreu com diversas epidemias de diferentes
arboviroses, acometendo milhares de pessoas. Devido a isso, as autoridades
de saúde pública têm realizado estudos de novas estratégias de combate ao
mosquito Aedes aegypti, visando diminuir o número de pessoas afetadas
por essas doenças, tanto por medidas de controle da infestação, quanto
por medidas que visam diminuir o contato homem-vetor. Esse estudo teve
como objetivo analisar fêmeas de Aedes aegypti classificadas como estágio
1 de Sella e evidenciar sua importância como parâmetro de avaliação de
estratégias de diminuição do contato homem-vetor. O método utilizado
para investigar a proporção de fêmeas que se alimentaram de sangue
humano foi o ensaio imunoenzimático (ELISA). As fêmeas de mosquitos
processadas nesse estudo foram capturadas em 3 regiões distintas da cidade
de Marília‑SP. Os ensaios evidenciaram a importância do processamento
de fêmeas em todos os graus de digestão sanguínea, pois mesmo as
que visualmente não continham a presença de sangue em seu abdômen
apresentaram alto percentual de positividade para sangue humano.
Demonstra-se que a utilização da proporção de fêmeas alimentadas com
sangue humano pode ser um índice interessante para avaliar estratégias
protetivas de diminuição do contato homem-vetor.