Internações por condições sensíveis à Atenção Primária em Minas Gerais, entre 1999 e 2007

Rev. baiana saúde pública; 41 (1), 2017
Ano de publicação: 2017

O indicador internações por condições sensíveis à Atenção Primária tem sido utilizado no Brasil para avaliar o impacto das atividades da Estratégia Saúde da Família, possibilitando a identificação de fragilidades regionais, para que possam ser enfrentadas de modo mais efetivo pelos gestores de saúde. Este estudo objetivou analisar as taxas de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária nas regiões de saúde de Minas Gerais, no período de 1999 a 2007. Desenvolveu-se estudo ecológico, com análise de correlação entre as taxas de internações e a cobertura da Estratégia Saúde da Família. Os números de internações foram fornecidos pelo departamento de informática do Sistema Único de Saúde e a população, a cada ano, foi obtida com base nas estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os resultados indicaram que, no período avaliado, as taxas das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária passaram de 244,19 para 143,5/10.000 habitantes, uma redução de 41,2% ao longo dos anos. Houve redução em todas as regiões de saúde, mas de forma heterogênea, com piores resultados para as regiões mais carentes. Registrou-se correlação negativa e estatisticamente significante entre a cobertura populacional pela Estratégia Saúde da Família e o número dessas internações. Concluiu-se que houve melhora da efetividade da Atenção Primária em Saúde em Minas Gerais e redução das taxas e do percentual das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária no total de internação entre os anos de 1999 e 2007

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