O Câncer é umas das patologias que causam mais alterações psicológicas, que podem ser potencializadas pela conspiração do silêncio, ou seja, quando as informações do quadro clínico são omitidas, com o intuito de proteger os atores envolvidos no processo de adoecimento de mais um sofrimento. Analisar a conspiração do silêncio em familiares de pacientes oncológicos. Estudo transversal, quantitativo, realizado por meio de entrevista semiestruturada com 12 acompanhantes de pacientes internados no Hospital de Câncer do Maranhão (HCM) aprovado pelo CEP Nº 3.264.026. Dos participantes da pesquisa, 83,33% mencionaram que os pacientes sabiam do seu diagnóstico, e 16,67% verbalizaram que os pacientes não tinham o conhecimento do adoecimento oncológico; 33,33% referiram que o paciente sempre pede informação em relação à doença, 33,33% referem que o paciente pede na menor parte das vezes e afirmaram que 16,67% que nunca pedem informações. Quando perguntado se informam os pacientes quando eles solicitam informação, 66,67% disseram que sempre informam, 16,67% disseram que informam na metade das vezes. Sobre conversar acerca do adoecimento, 41,67% responderam que sempre conversam, 33,33%, nunca conversam sobre o adoecimento. Foi possível identificar através dos resultados que mais da metade dos pacientes conhecem seu diagnóstico, mas ao questionar se pedem informações em relação ao adoecimento, metade das respostas foi na menor parte das vezes ou nunca, o que caracteriza conspiração do silêncio adaptativa, podendo também nos levar a refletir sobre o papel do paciente como agente passivo no processo de adoecimento. Sugere-se pesquisas que permitam facilitar o manejo quando percebidos entraves na comunicação.