Tratamento antitrombótico em pacientes portadores de fibrilação atrial e submetidos à revascularização coronária percutânea: terapia tripla versus dupla

J. Transcatheter Interv; 29 (), 2021
Ano de publicação: 2021

RESUMO – O manuseio antitrombótico ideal em portadores de fibrilação atrial e submetidos à intervenção coronária percutânea eletiva ou em síndrome coronária aguda não está definitivamente estabelecido. A dupla antiagregação plaquetária (aspirina e inibidores do receptor P2Y12) reduz a trombose dos stents e os eventos isquêmicos subsequentes. Por sua vez, a presença de fibrilação atrial requer a anticoagulação oral para a prevenção de acidente vascular cerebral e outras complicações tromboembólicas. Entretanto, a combinação desses dois tratamentos, conhecida como terapia tripla, eleva o risco de sangramentos graves, com impacto prognóstico negativo. A utilização dos anticoagulantes diretos, que reduzem as taxas de sangramento relativamente à varfarina, juntamente da manutenção de apenas um antiplaquetário (os inibidores da P2Y12), conhecida como terapia dupla, pode ser uma alternativa mais segura nesses pacientes. Neste artigo, revisamos os vários estudos randomizados comparando a terapia tripla versus a dupla, além de metanálises desses estudos e as condutas sugeridas pelas diretrizes mais recentes, discutindo as vantagens e desvantagens desses tratamentos, em termos de segurança e eficácia nesse importante e crescente subgrupo de pacientes.

Mais relacionados