Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 31 (supl. 2B), 2021
Ano de publicação: 2021
INTRODUÇÃO:
O eletrocardiograma (ECG) é uma ferramenta diagnóstica primordial em cardiologia. Através de técnicas de pós-processamento do ECG digital é possível extrair dados do clássico vetorcardiograma (VCG) e ampliar as possibilidades do método. OBJETIVO:
Comparar os dados matriciais do ECG entre os pacientes portadores de hipertrofia ventricular patológica (Cardiomiopatia Hipertrófica e Amiloidose Cardíaca) e o grupo controle utilizando duas matrizes diferentes de transformação de ECG para VCG: a matriz inversa de Dower (iDower) e a matriz de Kors. MÉTODOS:
Foram analisados VCGs sintetizados a partir das duas matrizes, iDower e Kors, e tais exames foram obtidos para o grupo hipertrófico, composto por 11 pacientes, e para o grupo controle, com cinco pacientes. O tempo de coleta do ECG foi de 10 minutos e, para cada paciente, foram analisados 10 VCGs, referentes a cada minuto da coleta. Foram analisados a amplitude cúbica (mV), por meio da análise da variação dos valores, e o ângulo do complexo QRS e da onda T, por meio da análise de dados circulares. RESULTADOS:
Em relação aos ângulos, as médias dos ângulos de cada grupo tiveram maior proximidade no grupo controle e menor no grupo hipertrófico. A variação destes ângulos foi maior utilizando a matriz de Kors para o grupo controle (Figura.1); no entanto, no grupo hipertrófico a maior variação no observada na matriz iDower (Figura 2). Em relação à amplitude cúbica das ondas, a variação foi pequena para ambos os grupos, porém com proximidade maior na onda T, e não houve diferença notável em relação às matrizes. CONCLUSÃO:
Analisando as variáveis angulares e de amplitude cúbica nas ondas QRS e T para o grupo controle e hipertrófico, não foi observada diferença significativa entre os grupos. Tal proximidade entre as variáveis também foi observada considerando as matrizes de transformação.