J. Transcatheter Interv; 30 (supl.1), 2022
Ano de publicação: 2022
INTRODUÇÃO:
O cateterismo cardíaco é um exame invasivo que combina o estudo hemodinâmico e angiográfico das diferentes estruturas cardíacas. A utilização da via radial para procedimento coronário invasivo (ICP) é de grande interesse por delimitar inúmeras vantagens e custo-efetividade, e em maior evidência se encontra o conforto ao paciente pós-procedimento, retorno mais rápido as suas atividades habituais, diminuição de internações e gastos hospitalares. Como método de hemostasia, o uso da pulseira compressiva vem sendo cada vez mais utilizado no mercado devido suas características que possibilitam melhor visualização do sítio de punção, proporcionando intervenções mais rápidas e eficazes em caso de complicações. Embora a literatura seja assertiva quanto a efetividade da pulseira hemostática, pouco se foi evidenciado sobre complicações relacionadas a descompressão realizada pelo profissional enfermeiro. OBJETIVOS:
Identificar na literatura científica complicações relacionadas à descompressão da pulseira hemostática realizada pelo enfermeiro. MÉTODOS:
Trata-se de uma revisão da literatura narrativa. A busca foi realizada nas seguintes bases de dados:
Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline) e Scientific Electronic Library On Line (SCIELO) e na Biblioteca Virtual a Banca Virtual de Saúde (BVS). Foram incluídos artigos publicados no período compreendido entre 2012 e 2022 no idioma português. Utilizaram-se como descritores: Hemostasia/Cateterismo; Cardíaco/Artéria Radial. RESULTADOS:
Dos 136 artigos, 08 atenderam os critérios de elegibilidade, publicados no Brasil. Dentre estes, as complicações evidenciadas relacionadas ao uso da via transradial, mesmo de baixa incidência, são 62,5% hematomas de I e II grau, 37,5% sangramentos, 37,5% oclusão de artéria radial, 25% espamos, 12,5% hemorragia e 12,5% pseudoaunerisma. CONCLUSÕES:
Constatou-se que a utilização da via radial e do dispositivo compressivo vem sendo cada vez mais utilizada para via de exame diagnóstico e como método de hemostasia. Sendo um método eficaz, considera-se que contribui positivamente, proporcionando maior conforto ao paciente. Assim, tornou-se essencial a necessidade da construção de um protocolo institucional com a finalidade de padronizar a atuação do enfermeiro na realização deste procedimento de descompressão da pulseira hemostática.