Tive o ensejo de conhecer Adolfo Lutz quando trabalhamos no Rio de Janeiro, junto à Fundação Rockefeller. Tal encontro se deu através do meu velho amigo Dr. Custavo M. de Oliveira Castro. Reunimo-nos no laboratório de Artur Neiva e seguimos depois para o almoço no refeitório do Instituto Oswaldo Cruz. Foi esta a oportunidade que tivemos de conhecer pessoalmente uma das maiores figuras da entomologia médica mundial. Meses depois eu voltava para São Paulo e após alguns anos falecia Lutz. Esse almoço, ainda está bem vivo em minha mente, pois Lutz, .então quase octogenário, nos relatou com impressionante minúcia suas clássicas pesquisas sobre febre amarela e malária, recapitulando observações, lembrando particularidades e datas. Impressionava sua inteligência lúcida aliada a uma memória fantástica. Era de pasmar, pois, tratava-se de um pesquisador cuja atividade foi empregada nos mais variados ramos de investigação e cujo trabalho entomológico era apenas uma parte de suas múltiplas preocupações [...] (AU).