Uso da anticoncepção de emergência entre mulheres usuárias de Unidades Básicas de Saúde em três capitais brasileiras
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 26 (supl.2), 2021
Ano de publicação: 2021
Pouco se sabe sobre o uso da anticoncepção de emergência entre mulheres de diferentes
regiões do paÃs. Este estudo analisou o uso da anticoncepção de emergência e os aspectos associados,
bem como o uso de métodos contraceptivos antes
e após. Trata-se de estudo transversal, conduzido
com 2.051 mulheres de 18-49 anos, usuárias de 76
Unidades Básicas de Saúde de São Paulo-SP, Aracaju-SE e Cuiabá-MT. Os aspectos associados ao
uso da anticoncepção de emergência foram analisados por meio de regressão logÃstica múltipla.
Mais da metade das mulheres relatou já ter usado
a anticoncepção de emergência (56,7%). Ter alta
escolaridade, ser de grupo socioeconômico mais
favorecido, ter trabalho remunerado e ter tido
quatro ou mais parceiros sexuais associou-se com
uso de anticoncepção de emergência. Ter 35 anos
de idade ou mais e estar em união estável associou-se negativamente. Da última vez que usaram
a anticoncepção de emergência, 53,2% usavam
outro método, sendo preservativo masculino e pÃlula oral os mais frequentes. Das que não usavam
método, metade adotou método regular após o
uso (51,7%). Conclui-se que a anticoncepção de
emergência é amplamente utilizada e parece não
contribuir para interrupção do método contraceptivo de uso regular