Os grupos de pesquisa LGBT+ no Brasil: perfil dos pesquisadores e as contribuições do campo da Saúde Coletiva
LGBT+ research groups in Brazil: researcher’s profile and the contributions from the Collective Health field
BIS, Bol. Inst. Saúde (Impr.); 23 (1), 2022
Ano de publicação: 2022
Analisou-se a distribuição dos grupos de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) quanto ao perfil dos pesquisadores e das linhas de pesquisa sobre a população LGBT+ no Brasil e a atuação destes no campo
da Saúde Coletiva. Realizou-se um estudo exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa, baseado no inventário de 75 grupos de pesquisa, cadastrados no CNPq até 28 de setembro de 2018. Majoritariamente, 81,3% tem até uma década de atuação e 73,3%
são formados por até dez pesquisadores. Foram identificados 632 pesquisadores, sendo 76,3% doutores e 23,7%, mestres. Constatou-se o predomínio de grupos vinculados às instituições publicas, perfazendo 82,7%, contra 17,3% de instituições privadas, evidenciando a hegemonia da pesquisa publica sobre a temática LGBT+ no país. 57,3% dos grupos possuem até três linhas de pesquisa e são oriundos das Ciências Humanas. Na Saúde Coletiva, foram encontrados sete grupos, majoritariamente oriundos de universidades publicas e com até dez anos de existência. Quanto ao foco das linhas de pesquisa, destaca-se a ancoragem na determinação social do processo saúde-doença e nas vulnerabilidades associadas as infecções sexualmente transmissíveis e ao HIV/aids, especialmente entre homens que fazem sexo com homens, travestis e transexuais.