Experiência do município de São Paulo na implantação de Serviços de Saúde Integral para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexos, Assexuais e Pessoas com Vivência de Variabilidade de Gênero – LGBTIA+
Experience of the Municipality of Sao Paulo in the Implementation of Comprehensive Health Services for Lesbians, Gays, Bisexuals, Travestis, Transsexuals, Intersex, Asexuals and People with Experience of Gender Variability - LGBTIA+
BEPA, Bol. epidemiol. paul. (Impr.) (edição temática) transexualidade no SUS; 20 (), 2023
Ano de publicação: 2023
Historicamente a população LGBTIA+ sempre foi excluída nos serviços de saúde. As dificuldades de acesso são legítimas e decorrentes do estigma e discriminação. Era necessário fortalecer o acesso e a qualidade do atendimento em saúde. As pessoas LGBTIA+ precisavam ser melhor acolhidas, ter garantido atendimento integral e ter seus direitos básicos respeitados. Era necessário ampliar a rede de serviços de hormonização, rever sistemas de informação (nome social/gênero/orientação sexual) e investir na capacitação dos profissionais de saúde. Para resolver esses problemas, foi desenhado pela Área Técnica de Saúde Integral da População LGBTIA+ da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo um plano de ações e estratégias de cuidado em conjunto com as seis interlocutoras regionais LGBTIA+. O principal resultado foi a implementação de unidades na Rede SAMPA Trans, de 28 unidades para 45 em 2022, com 3.346 pessoas trans em acompanhamento. Isso permitiu dar maior visibilidade a essa população, aprimorar o acolhimento, ofertar acompanhamento de qualidade desde a utilização de hormônios, até as cirurgias de transformação corporal. A SMS conta hoje com um modelo de rede de atenção à saúde integral da população LGBTIA+ inédito no estado de São Paulo e no Brasil.