A construção de saúde, entre o servir e a servidão: das relações entre servidores de um hospital psiquiátrico público
The construction of health, between serving and servitude: relations between servers in a public psychiatric hospital

Cad. psicol. soc. trab; 15 (2), 2012
Ano de publicação: 2012

Este artigo apresenta um recorte da dissertação de mestrado cujo objetivo foi compreender a dinâmica do trabalho de profissionais de saúde mental de um hospital psiquiátrico público do estado do Rio Grande do Sul. O estudo aponta a forma danosa como o trabalho está organizado nesta instituição e suas implicações em relação à subjetividade, refletindo intensamente nas relações de trabalho entre os servidores. O aporte metodológico utilizado foi o da psicodinâmica do trabalho. As evidências foram obtidas por meio das falas do coletivo dos servidores proveniente de duas unidades de internação de pacientes agudos, constituídas por usuários de crack. Os servidores apontam como principal fator de sofrimento no trabalho a qualidade das relações entre colegas. Nas conclusões, ressalta-se a importância de espaços de discussão na instituição e do reconhecimento para a mobilização subjetiva, o que possibilitaria à rede coletiva desafiar a sua organização, operando assim intervenções contra servidão e a favor da construção da saúde.
This article presents part of the dissertation research with the objective of understanding the dynamics of the work of mental health professionals in a public psychiatric hospital in the state of Rio Grande do Sul. The study shows how damaging the work is managed in this institution and its implications in relation to subjectivity, reflecting intensely in working relationships between the servers. The methodological approach used was the psychodynamics of work. The evidence was obtained through interviews with servers from two units for acute patients (crack addicts). They indicate the quality of relationships between colleagues as the main drawback at work. In conclusion, the importance of opportunities for discussion within the institution and of recognizing subjective mobilization is emphasized, which would allow the network of servers to challenge their organization, thus acting against servitude and in favor of the construction of health.

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