Distribuição espacial e frequência da leishmaniose visceral canina no nordeste brasileiro: uma revisão sistemática
Spatial distribution and frequency of canine visceral leishmaniasis in northeastern Brazil: a systematic review

Revista Sergipana de Saúde Pública; 2 (2), 2023
Ano de publicação: 2023

Introdução:

o Brasil está entre os sete países responsáveis por mais de 90% dos casos de leishmaniose visceral humana (LVH), sendo a região Nordeste a mais endêmica. ALV também afeta cães, que apresentam sintomas debilitantes e podem ser fatais. Os cães são os principais os pedeiros desse parasita. No entanto,há carência de dados epidemiológicos sobre leishmaniose visceral canina (LVC) no Brasil, principalmente na região nordeste.

Objetivo:

realizar uma revisão sistemática para demonstrar a frequência e a distribuição espacial da LVC nos estados do nordeste do Brasil.

Métodos:

as seguintes bases de dados foram utilizadas para busca eletrônica: Google Scholar, Lilacs, Scopus, Pubmed, Scielo, Web of Science, Cochrane, OpenGrey e OpenThesis.

Os descritores de busca foram:

leishmaniose visceral canina, nordeste do Brasil, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Resultados:

a análise dos 73 artigos selecionados demonstrou uma frequência de LVC de 4,1% no Nordeste do Brasil, entre 1973 a 2022. O estado da Bahia apresentou a frequência (43,9%) e o Piauí a menor (1,9%).

Conclusão:

os dados demonstram, pela primeira vez, o caráter endêmico da LVC em toda a região nordeste e o caráter propício de disseminação de LVC nessa região. Esses dados também destacam a necessidade de ações governamentais e aprofundamento das pesquisas por parte da comunidade científica

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