INTRODUÇÃO:

Aestimativa precisa da localização da via acessória (VA) em pacientes com pré-excitação ventricular ou síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) continua sendo um desafio diagnóstico. Algoritmos existentes têm contribuído significativamente nessa área, mas abordagens alternativas podem oferecer novas perspectivas na localização da VA.

OBJETIVO:

Este estudo introduz e avalia a precisão diagnóstica do algoritmo EPM na localização da VA, comparando-o com os algoritmos consagrados Arruda e EASY.

MÉTODOS:

Foi realizada uma análise retrospectiva de 138 pacientes do Hospital São Paulo submetidos à ablação por cateter. Três examinadores cegos avaliaram a precisão diagnóstica do algoritmo EPM em comparação com os algoritmos Arruda e EASY. O padrão-ouro para comparação foi a posição radioscópica da VA onde a ablação por radiofrequência levou ao desaparecimento da pré-excitação no ECG.

RESULTADOS:

O EPM apresentou uma precisão diagnóstica de 51,45%, alinhando-se com Arruda (53,29%) e EASY (44,69%). Aprecisão de adjacência para o EPM foi de 70,67%, com Arruda em 66,18% e EASYem 72,22%. Asensibilidade do EPM para distinguir VAesquerda de direita foi de 95,73%, com uma especificidade de 74,33%. Na identificação de VAseptal versus lateral direita, a sensibilidade do EPM foi de 82,79% com especificidade de 46,15%. Esses resultados foram comparáveis aos dos algoritmos Arruda e EASY. A variabilidade interobservadores foi excelente para o EPM, com estatísticas Kappa superiores a 0,9.

CONCLUSÃO:

O algoritmo EPM se destaca como uma ferramenta confiável para localização da VA, oferecendo uma abordagem sistemática que pode ser útil na tomada de decisões terapêuticas em eletrofisiologia. Sua precisão diagnóstica comparável e excelente variabilidade interobservadores sublinham sua aplicabilidade clínica potencial. Pesquisas futuras podem validar ainda mais sua eficácia em cenários clínicos mais amplos.