Assistência de enfermagem a pacientes submetidos a implante transcateter de prótese aórtica com sistema de proteção embólica cerebral
Nursing care for patients undergoing transcatheter implantation of an aortic prosthesis with a cerebral embolic protection system

Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.); 37 (suppl. 13), 2024
Ano de publicação: 2024

INTRODUÇÃO:

O Implante Transcateter de Prótese Aórtica (TAVI) é uma prática crescente na cardiologia, mas o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma complicação significativa. O filtro de proteção embólica cerebral vem sendo estudado em pacientes submetidos à TAVI. OBJETIVO(s): Avaliar o planejamento da assistência de enfermagem em pacientes submetidos à TAVI com utilização de filtro de proteção embólica cerebral.

MÉTODOS:

Estudo observacional, descritivo e analítico realizado no serviço de hemodinâmica de um hospital especializado em Cardiologia de São Paulo. Foram analisados dados de procedimentos entre 2023 e janeiro de 2024, pertencentes a um estudo multicêntrico em andamento na instituição. A coleta de dados foi realizada durante um período específico, abrangendo a participação de 18 pacientes submetidos ao TAVI com o uso do filtro de proteção embólica cerebral. A enfermagem desempenha papel crucial no pré, trans e pós-procedimento. No pré-procedimento, o enfermeiro realiza check list de materiais, reserva de sangue e vaga na Unidade Coronariana, verifica equipamentos e disponibiliza recursos humanos.

RESULTADOS:

Identificou-se que 55,6% dos pacientes eram do sexo masculino, com idade média de 80 anos, 45,5% apresentavam Classe Funcional III pela New York Heart Association (NYHA). A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a comorbidade com maior taxa evidenciada nessa população (92,9%), além de mais da metade dos pacientes avaliados possuir dislipidemia (57,1%). No trans-procedimento, a equipe de enfermagem auxilia no posicionamento do paciente, monitorização hemodinâmica e detecção de instabilidades clínicas. A via de acesso predominante foi a artéria Femoral Direita (88,9%), além da via de acesso alternativa Radial Direita para o filtro de proteção embólica cerebral. No pós-procedimento, a atenção é voltada para o cuidado das vias de acesso, avaliação do índice de Aldrete e Kroulik, orientação ao paciente, observação e controle das vias de acesso quanto a sangramentos/hematomas, estímulo à mobilização precoce, garantindo um plano de alta segura e reduzindo o tempo de internação.

CONCLUSÕES:

O planejamento da assistência de enfermagem é essencial para prevenir complicações em pacientes submetidos à TAVI com filtro de proteção embólica cerebral. Espera-se destacar a importância do planejamento da intervenção proativa para prevenir complicações e promover resultados favoráveis. Futuras pesquisas devem focar no impacto em longo prazo desses cuidados.

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