BEPA, Bol. epidemiol. paul. (Impr.); 21 (221), 2024
Ano de publicação: 2024
Introdução:
A febre amarela é uma doença infecciosa com ocorrência em surtos espaçados temporalmente. Em 2016, iniciou-se a maior circulação epizoótica do ciclo silvestre da doença na região Sudeste do Brasil. Objetivo:
Descrever a experiência de um município diante da dispersão do vírus amarílico e sua estratégia de vacinação. Metodologia:
Trata-se de um relato de experiência realizado em um município do interior do estado de São Paulo em 2017. Resultados:
Os bugios apresentaram valor preditivo positivo como espécie sentinela, demonstrando um padrão de dispersão no sentido norte-sul do território, de acordo com a teoria de corredores ecológicos. Foram aplicadas 3.952 doses de vacina na estratégia domiciliar em áreas rurais ou próximas a fragmentos florestais. Não houve registro de casos e óbitos humanos. Conclusão:
A vigilância geoespacial da circulação viral possibilitou o planejamento da estratégia de imunização para populações prioritárias em um cenário de oferta insuficiente de vacina, atuando de forma preventiva e oportuna na redução de casos humanos, com potencial de replicação em cenários de risco futuros.
Introduction:
Yellow fever is an infectious disease that occurs in outbreaks spaced over time. In 2016, the largest epizootic circulation of the wild cycle of the disease began in the Southeast region of Brazil. Objective:
To describe the experience of a municipality facing the spread of the yellow virus and its vaccination strategy. Methodology:
This is an experience report carried out in a municipality in the interior of the State of São Paulo in 2017. Results:
Howler monkeys presented a positive predictive value as a sentinel species, demonstrating a pattern of dispersion in the north-south direction of the territory, according to the theory of ecological corridors. 3,952 doses of vaccine were applied in the home strategy in rural areas or close to forest fragments. There were no records of human cases or deaths. Conclusion:
Geospatial surveillance of viral circulation made it possible to plan the immunization strategy for priority populations in a scenario of insufficient vaccine supply, acting in a preventive and timely manner to reduce human cases, with the potential for replication in future risk scenarios