Para ser considerada própria para consumo humano, a água deve atender ao padrão de potabilidade estabelecido pela legislação em vigor. Os parâmetros para o monitoramento da qualidade bacteriológica da água para consumo humano são a presença e a ausência de coliformes totais e de Escherichia coli. O cloro utilizado para a desinfecção da água tem reduzido consideravelmente a transmissão de doenças de veiculação hídrica. O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados das análises de coliformes totais, de Escherichia coli e de cloro residual livre em amostras de água provenientes de 62 municípios das regiões de Marília e Assis (São Paulo), de janeiro a dezembro de 2022. A presença de coliformes totais e de Escherichia coli em 4.751 amostras analisadas foi de 269 (5,7%) e 36 (0,8%), respectivamente. A presença de E. coli indica contaminação por material fecal, além de um alto potencial de organismos patogênicos que oferecem risco à saúde. A análise dos resultados de cloro residual livre revelou que todos os municípios estão cumprindo a obrigatoriedade de adição de cloro na água de abastecimento público. Os resultados deste estudo propiciaram a avaliação da qualidade da água de abastecimento público em relação aos padrões bacteriológicos estabelecidos pela legislação e comprovaram a importância do monitoramento e das ações por órgãos de saúde. O desenvolvimento de políticas e ações intersetoriais e integradas proporcionam a identificação de limitações tecnológicas e operacionais dos sistemas de abastecimento e a avaliação dos riscos à saúde, desencadeando estratégias de redução da morbimortalidade e da promoção da saúde.