Efeitos do jejum e da temperatura em laboratório na infectividade de triatomineos por Trypanosoma cruzi
Rev. Inst. Adolfo Lutz; 43 (1/2), 1983
Ano de publicação: 1983
A tentativa de padronização de alguns parâmetros que envolvem a realização do xenodiagnóstico, levou os autores do presente trabalho a estudarem a influencia do tempo de jejum e da temperatura de criação em laboratório sobre a evolução do T. cruzi em Triatoma infestans, assim como, sobre a própria evolução dos estádios ninfais destes artropodes. Estudaram também, a quantidade de sangue ingerido por tais insetos quando mantidos em diferentes temperaturas e períodos de jejum. Foram utilizados quatro lotes de 50 ovos cada. Os lotes 1 e 2 foram mantidos em temperatura constante (28o.C +/- 2) e umidade relativa do ar de 70-80%; os lotes 3 e 4 ficaram em temperatura ambiente (19-31o.C), variando a umidade livremente de acordo com as condições climáticas. Os lotes de números impares tiveram repastos quinzenais e os lotes de números pares, repastos mensais. Entre o 3o. e o 4o. estádios evolutivos, os barbeiros tomaram repasto contaminado com T. cruzi. Observou-se que a temperatura influiu no tempo de eclosão e desenvolvimento, que foi maior em temperatura ambiente. Quanto ao jejum, verificou se que tem uma importância menos acentuada sobre a evolução dos triatomíneos, porem, influiu decisivamente na mortalidade e na infectividade, pois, quanto maior era o tempo de abstinência de alimento, menor a quantidade de sangue sugado (AU).