Descreve-se o desenvolvimento de concepções e técnicas do planejamento de saúde na América Latina, procurando discutir alguns determinantes sociais da sua emergência nesses países e da sua incorporação pelo Estado através de politicas sociais planificadas do planejamento.. descreve quatro momentos para o planejamento de saúde na América Latina. O primeiro caracteriza-se pela elaboração de técnicas como é o caso da CENDES/OPS. No segundo, ocorre uma difusão do processo de planejamento e uma autocrítica quando os planos nacionais de saúde foram considerados documentos que nunca se implementaram. O terceiro momento envolve a revisão das deficiências metodológicas e a ênfase sobre sobre os aspectos organizacionais (sistêmicos) e políticos do objeto do planejamento. Finalmente, o quarto momento corresponde à segunda metade da década de 70, quando foram elaborados guias para formulação de politicas de saúde. Conclui-se que na atual conjuntura o planejamento de saúde tem encontrado seu espaço de viabilidade no âmbito das chamadas "politicas racionalizadoras". O seu desenvolvimento dependera da redefinição das relações sociais de produção e das forma históricas de resolução dos conflitos de classe.