Ulcera de pé diabético: um estudo bibliográfico das publicações no período de 2005 a 2009
Ano de publicação: 2009
Teses e dissertações em Português apresentado à Escola de saúde Pública de Mato Grosso para obtenção do título de Mestre. Orientador: Costa, Idevânia Geraldina
A pesquisa teve como objetivo analisar a produção científica sobre úlcera de pé diabético, nos últimos cinco anos. Esta investigação corresponde a uma pesquisa quantitativa de natureza descritiva exploratória com a utilização da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através dos bancos de dados indexados MEDLINE, LILACS, SciELO e coleciona SUS. Foram encontrados 43 artigos e destes, 13 atenderam aos critérios de inclusão, sendo 4 extraídos do LILACS e 9 do MEDLINE. O ano de 2005 foi o que mais apresentou publicações (38,46%). Em relação aos artigos indexados por periódicos, o Arq Bras Endoc Met e a SP Med Jour apresentaram 03 (23,07%) artigos publicados cada. A maioria dos artigos (61,53%) apresentou metodologia quantitativa. Quanto à formação dos autores, o profissional médico (48,27%) foi quem mais produziu artigos, seguido pelo enfermeiro (17,24%) e fisioterapeuta (5,18%); na titulação, os doutores (52,72%) foram maioria absoluta, sendo que o médico/doutor (37,95%) e o enfermeiro/doutor (10,35%) foram os que mais produziram artigos. Quanto ao assunto dos artigos, 7 (53,84%) falaram sobre tratamento e 6 (46,16%) sobre prevenção da úlcera do pé diabético. Entre as medidas preventivas mais citadas estão o uso de calçados adequados com 5 citações (16,67%); seguidas de cortar unhas retas, secar os pés e hidratar os mesmos com 4 citações, (13,33%) cada. Encontramos entre as modalidades terapêuticas utilizadas para o tratamento da úlcera de pé diabético, um total de 33 citações, identificando ao todo 18 tipos de tratamento, algumas já aplicadas na rotina diária das unidades de saúde, tais como tratamento clínico com antibióticoterapia sistêmica, em (25%) das citações, seguido de 4 citações (16,67%) referente aos tratamentos cirúrgicos ( amputação maior e menor), desbridamento (9,10%); a utilização de antissépticos e de produtos como o açúcar e a papaína, foram comentadas em um único artigo. Evidenciou-se também a utilização de novos métodos de tratamento como a oxigenoterapia hiperbárica e o tratamento a vácuo, porém, considerados ainda métodos de alto custo e com resultados não muito satisfatórios, gerando correntes de pesquisadores que preferem aguardar um tempo maior de pesquisas para poderem se manifestar. Mesmo sendo o método citado de tratamento com o segundo maior número de citações, a amputação do pé/perna ainda tem se caracterizado como um tratamento freqüente, principalmente em decorrência do estágio avançado da doença, numa boa parte dos casos, mantendo elevado o custo do tratamento para o sistema de saúde. Ressaltamos a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto, principalmente no que tange ao tratamento da úlcera de pé diabético, para podermos dar as pessoas que necessitam destes tratamentos, melhor qualidade de vida e tipos de tratamentos com menores riscos à saúde e maiores sucessos de resolução.