Perfil epidemiológico da Coqueluche no Estado da Bahia no período de 2002 a 2012

Ano de publicação: 2014
Teses e dissertações em Português apresentado à Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Farmácia. Curso de Especialização em Microbiologia para obtenção do título de Especialista. Orientador: Lima, Maria do Carmo Campos dos Santos

Coqueluche é uma doença respiratória aguda imunoprevenível, altamente contagiosa de distribuição universal, causada pela bactéria Bordetella pertussis. A doença cursa classicamente com três fases distintas, entretanto em adultos e adolescentes, devido à infecção natural ou imunização, seus sintomas se apresentam inespecíficos. Sabe-se que maior incidência ocorre em crianças menores de 01 ano,contudo,a doença tem reaparecido em todas as idades, especialmente em crianças em idade escolar, adolescentes e adultos. Estima-se que a cada ano ocorram cerca de 50 milhões de casos e 300 mil óbitos de coqueluche no mundo.

Objetivo:

avaliar o perfil epidemiológico da coqueluche na Bahia, entre os anos de 2002 a 2012, bem como o diagnóstico laboratorial da doença no Estado.

Metodologia:

para realização desse estudo foram considerados os casos de coqueluche registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e as culturas realizadas no Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/BA).

Resultados:

houve aumento do número de casos confirmados por coqueluche a partir de 2011, com maior incidência da doença em menores de 01 ano, sendo também a faixa etária em que ocorreu a maioria dos óbitos. Também foi observado que, em 2011 e 2012, houve uma maior distribuição de casos de coqueluche em todo Estado, com a doença acometendo praticamente todas as faixas etárias. Quanto ao diagnóstico laboratorial, foi verificado o alto percentual de cultura negativa em todos os anos do estudo.

Conclusão:

percebe-se a necessidade de estudos epidemiológicos que visem melhor entendimento da dinâmica da transmissão da doença, capacitação contínua dos profissionais para suspeita clinica da doença, coleta oportuna e envio adequado do material biológico para diagnóstico, bem como, a implantação de metodologia mais sensível, como PCR em tempo real, para aumentar a confirmação pelo diagnóstico laboratorial no Estado

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