Repercussões das Políticas Nacionais de Controle da Hanseníase no Maranhão: registros históricos, artigos, relatos de experiências e narrativas
Ano de publicação: 2022
No final dos anos 40, a ciência descobria o tratamento para a hanseníase, medicamentos para a cura e interrupção do contágio, o que também viabilizou o fim do isolamento de indivíduos em leprosários nos anos subsequentes. Os avanços científicos, contudo, não impediram que o Brasil chegasse ao século XXI com regiões endêmicas de hanseníase.
Em parte, a sociedade atual não trata o problema com preocupação, comporta-se, em geral, como se a doença tivesse sido eliminada, quando é fato que o Brasil ocupa a segunda posição entre os países com maior número de casos da doença, perdendo apenas para a Índia. A endemia hansênica é silenciada e faz novas vítimas, como se falar pouco a fizesse desaparecer, junto com os doentes.
Também há de se convir que as gerações atuais precisaram conhecer e enfrentar diversos tipos de vírus, surtos, epidemias e pandemia. A hanseníase não detém o mesmo status de preocupação. A doença acomete os mais vulneráveis, geralmente os pobres, residentes em regiões isoladas. O assunto ganha pouco destaque na grande mídia e cabe, portanto, aos
profissionais de saúde e ao poder público ofertarem os esclarecimentos devidos sobre a doença e o seu tratamento.
Este livro é uma ferramenta histórica e traz visibilidade ao enfrentamento e aos avanços recentes no combate à hanseníase no Maranhão. O árduo trabalho tem alcançado resultados elogiosos e o reconhecimento de organizações brasileiras e internacionais.
Com expectativa, desejo que a leitura dos fatos narrados neste material desperte maior interesse sobre o combate à hanseníase, de modo a garantir que o Maranhão e o Brasil estejam livres da doença ainda nesta geração.