Escassez de profissionais na atenção básica: uma análise do município de Francisco Morato

Ano de publicação: 2023
Teses e dissertações em Português apresentado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Instituto de Saúde para obtenção do título de Professor Titular. Orientador: Costa, Maria Izabel Sanches

A escassez da força de trabalho em saúde é um desafio global e se mostra como um desafio crônico, afetando regiões remotas, periféricas e vulneráveis com mais contundência. No Sistema Único de Saúde (SUS) a situação de escassez de Recursos Humanos da Saúde promove insegurança assistencial à segmentos mais vulneráveis da população, que são os que dependem exclusivamente do SUS para obtenção de cuidados à saúde.

Objetivo:

Pretende-se compreender as medidas de enfrentamento para o provimento de recursos humanos na Atenção Básica do município de Francisco Morato.

Metodologia:

Trata-se de um estudo de campo, de natureza qualitativa, em nível descritivo e exploratório. Para a sistematização e análise das respostas obtidas nas entrevistas, optou-se por utilizar a técnica da análise de conteúdo.

Resultados:

A escassez de RHS é uma realidade no município que foi agravada pela carência assistencial deixada pelo Programa Médicos pelo Brasil. A principal estratégia adotada pelos gestores foi a terceirização da mão de obra de profissionais médicos, sendo a contratação realizada por meio de convênio com serviço filantrópico local, para realizar plantões de seis horas por dia contratado. A contratação de médicos plantonistas supre a necessidade imediata destes profissionais na assistência, mas promove uma desarticulação do modelo de Estratégia de Saúde da Família adotado pelo município.

Conclusão:

Acredita-se que para enfrentar a escassez RHS deve existir articulação entre as estratégias tomadas, devendo ser adotadas em conjunto para o enfrentamento de iniquidades em saúde.

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