Profilaxia pós-exposição antirrábica: evidências sobre pré-medicação, administração de soro e esquema vacinal
Ano de publicação: 2022
A raiva é uma zoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus rábico contido na saliva do animal infectado. A infecção por este vírus causa encefalite aguda com índice de letalidade próximo a 100%.Embora não haja cura para a raiva clínica, a doença é facilmente evitável pelo fornecimento oportuno de profilaxia adequada. A profiaxia antirrábica humana pode ser realizada pré (PrEP) ou pós (PEP) exposição potencial ao virus da raiva. As tecnologias utilizadas para esta profilaxia são as vacinas e os soros. Há
diversos esquemas de profilaxia PrEP e PEP utilizados no mundo. No Brasil, há ainda indicação de administração de medicações prévias à infiltração de soro heterólogo, a fim de mitigar potenciais reações anafiláticas. A administração concomitante de vacinas, imunoglobulinas e pré-medicação para hipersensibilidade (anti-histamínicos e corticoides) através da via intramuscular é uma prática instituída no contexto municipal de Campo Grande - MS, ocasionando problemas recorrentes de falta de sítios para administração completa da profilaxia, especialmente em crianças.
Quais os cuidados necessários durante a realização de Profilaxia Pós Exposição Antirrábica em situações de limitação de vias de administração e risco de hipersensibilidade?
Após análise do conteúdo, a fim de concluir a revisão em tempo oportuno para a tomada de decisão da gestão, a equipe de pesquisa deliberou pela extração de dados somente dos estudos secundários. Os principais achados estão sumarizados em infográfico no APÊNDICE A.
É indicada a modernização do Procedimento Operacional Padrão vigente na prefeitura de Campo Grande. A substituição das práticas relacionadas à pré-medicação IM, vacinação IM e administração de soro IM é cientificamente embasada e elimina o problema que originou a questão de pesquisa desta revisão, apresentando benefícios para gestão, profissionais e usuários do SUS.