Ano de publicação: 2023
Teses e dissertações em Português apresentado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Instituto de Saúde para obtenção do título de Doutor. Orientador: Garcia, Mariana Tarricone
Objetivo:
Descrever a prevalência do aleitamento materno no município de Registro considerando a pandemia de COVID-19. Métodos:
Trata-se de um estudo transversal de caráter descritivo com abordagem quantitativa, que incluiu uma amostra de 371 crianças, entre 0 a 24 meses, cadastradas em unidades de saúde da família do município de Registro-SP. Foi utilizado um questionário elaborado pelas pesquisadoras com o objetivo de coletar informações sobre o perfil da amamentação e o acesso ao serviço de saúde no pré-natal e pós-parto, tendo em vista as mudanças ocorridas na saúde com a pandemia de COVID-19. Em novembro e dezembro de 2022, foram entrevistadas as mães dos lactentes das 20 unidades de saúde do município. Os dados coletados foram digitados no Microsoft Excel, transportados para o Software Stata e analisados por meio dos indicadores propostos descrevendo as frequências absolutas (n) e relativas (%). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Saúde sob o Parecer 5.636.209/2022. Resultados:
Os resultados apontaram melhorias em relação à pesquisa realizada em 2011 no município, com taxas de aleitamento materno exclusivo até o sexto mês (54,1%) e aleitamento materno continuado até os 24 meses (58,2%) que superam a prevalência nacional. O aleitamento materno cruzado (9,2%), bem como o uso de chupetas (35,4%) e chuquinhas (46,3%) ficaram abaixo da média nacional. Conclusão:
Embora tenha sido observado um cenário mais favorável em relação ao aleitamento materno no município em comparação a pesquisas anteriores e até mesmo em relação às médias nacionais, foram identificados desafios como a necessidade de incrementar a prática da amamentação na primeira hora de vida, a extensão do período de amamentação
exclusiva e continuada, o correto registro das informações nas cadernetas de saúde das crianças e diminuir o uso de chupetas e mamadeiras. Verifica-se o quanto é imprescindível que ocorram abordagens abrangentes para aprimorar as práticas de amamentação e guiar políticas de saúde voltadas para mães e crianças, sobretudo em crises sanitárias.