Barreiras e facilitadores da implementação do Programa Saúde na Escola (PSE) no município de Francisco Morato
Barriers and facilitators of the implementation of the School Health Program (PSE) in the municipality of Francisco Morato

Ano de publicação: 2024
Teses e dissertações em Português apresentado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Instituto de Saúde para obtenção do título de Mestre. Orientador: Costa, Maria Izabel Sanches

Introdução:

O Programa de Saúde na Escola (PSE), é uma política interministerial da Saúde e da Educação, instituída pelo Decreto Presidencial nº 6.286, do ano de 2007, com o objetivo de promoção de saúde e cultura da paz e prevenção de doenças de crianças, adolescentes e jovens em idade escolar. O programa passou por várias modificações incrementais ao longo dos anos. O município de Francisco Morato aderiu ao programa no ano de 2018. A literatura de políticas públicas evidencia a existência de variáveis que interferem na implementação de políticas, promovendo “gaps” entre a sua formulação e a sua real execução. No caso brasileiro, políticas formuladas no âmbito federal e implementadas no nível municipal, como é o caso do PSE, podem gerar desafios adicionais em decorrência de seu arranjo federativo.

Objetivo:

Investigar e elucidar as principais barreiras e os facilitadores da implementação do PSE no município de Francisco Morato, compreender como o programa é implementado no município e identificar como é realizada a articulação intersetorial entre as áreas da saúde e a educação para a implementação do programa.

Metodologia:

Trata-se de uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa, com referencial teórico pautado em análise de conteúdo delineado (Bardin, 1977), revisão bibliográfica (Salvador, 1971) e posteriores entrevistas semiestruturadas com gestores e trabalhadores da linha de frente no PSE de Francisco Morato.

Resultados:

As entrevistas evidenciaram seis barreiras: comunicação; autonomia; planejamento do PSE e suas ações; disparidades entre os profissionais da saúde e da educação; disparidades entre as escolas estaduais e municipais e infraestrutura.

Três foram os facilitadores encontrados:

comunicação intersetorial municipal; autonomia; e território.

Conclusão:

Após análise dos resultados foi possível concluir que a articulação intersetorial entre o setor saúde e a educação, bem como a comunicação entre o nível municipal e estadual constituem desafios importantes na implementação do programa. A forma com que o programa é implementado gera desigualdade na atuação entre escolas municipais e estaduais, bem como enfraquece a sua potencialidade de ação no território onde é desenvolvida.

Mais relacionados