Evolução da leishmaniose visceral canina no Estado de São Paulo de 2010 a 2023
Evolution of canine visceral leishmaniasis in the State of São Paulo from 2010 to 2023
Ano de publicação: 2024
Teses e dissertações em Português apresentado à Coordenadoria de Controle de Doenças. Instituto Adolfo Lutz para obtenção do título de Especialista. Orientador: Roberto Mitsuyoshi Hiramoto
As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania, transmitidas pela picada da fêmea infectada do flebotomíneo. A forma clínica mais grave é a visceral, exigindo maior atenção devido à alta taxa de letalidade se não tratada. No Brasil, o cão é o principal reservatório doméstico da Leishmaniose Visceral. O primeiro relato da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no estado de São Paulo foi em 1998 em Araçatuba, nos anos seguintes foram notificados casos novos e iniciou-se a expansão da LVC no estado. Este trabalho visa analisar a disseminação da LVC no estado de São Paulo entre 2010 e 2023, identificar os novos casos caninos e alertar sobre a gravidade da situação e enfatizando a importância das medidas preventivas. Para essa pesquisa foram utilizados dados dos primeiros casos autóctones nos municípios do estado e mapas das regiões com a presença de LVC, essas informações foram fornecidas pelo Instituto Adolfo Lutz. Nesse estudo observou-se que a LVC apresentou expansão significativa no estado, no período analisado 133 novos municípios registraram casos autóctones, elevando para 213 municípios desde o seu surgimento. Em algumas regiões a LVC é estabelecida, enquanto outros municípios registram o primeiro caso, servindo como alerta para regiões próximas a áreas endêmicas. Os resultados demonstram que a LVC está distribuída por quase todo o estado, exigindo maior atenção em áreas próximas a locais onde houve a notificação, ressaltar a importância da prevenção, preparação dos profissionais de saúde e divulgação dos dados da doença para os mesmos.