O processo do Transplante de Medula Óssea (TMO) é um tratamento que visa a substituição de células acometidas por um adoecimento hematológico por células novas e saudáveis. Esse procedimento é realizado por meio da coleta e infusão de células medulares do próprio paciente (Autólogo) ou de um doador compatível (Alogênico). Devido a sua complexidade e longa duração, o tratamento pode trazer repercussões em diferentes aspectos da qualidade de vida do paciente durante a realização do mesmo, como bem-estar físico, funcional, social, relacional, psicológico e emocional. Dessa maneira, o objetivo do estudo é investigar e descrever as repercussões do Transplante de Medula Óssea nos aspectos psicológicos, do paciente sobrevivente, no que se refere a sua qualidade de vida no processo de tratamento. O presente estudo trata-se de uma Revisão Narrativa da Literatura, em que optou-se como critérios de inclusão artigos científicos publicados a partir do ano 2000 e escritos em idioma Português Brasileiro. Para a coleta de artigos foram utilizadas as plataformas SciELO Brazil, PePsic, Periódicos CAPES, BVS, Biblioteca USP e Google Acadêmico. A partir dos apontamentos presentes na literatura, foi observado que existem significativas repercussões emocionais e psicológicas no indivíduo, durante todo percurso do tratamento, devido ao estresse a que são submetidos. Como vivências gerais, a literatura apresenta sintomas como medo, ansiedade, depressão, angústia, irritabilidade, desorientação, insônia, frustração, perda da motivação e disfunções sexuais. Além disso, foi possível compreender que as expressões emocionais podem variar a depender da etapa do tratamento em que o paciente se encontra. No momento do diagnóstico, foi notada a presença de sentimentos de frustração, raiva, negação, importância, incerteza do futuro, esperança e otimismo. Na internação, momento em que o indivíduo encontra-se em isolamento e afastado de suas ocupações...(AU)