Limitação do uso da voz na docência e a prática de atividade física no lazer: Estudo Educatel, Brasil, 2015/2016
Limitación del uso de la voz en la docencia y la práctica de actividad física durante el tiempo de ocio: Estudio Educatel, Brasil, 2015/2016
Limitation of the use of voice in teaching and leisure-time physical activity: Educatel Study, Brazil, 2015/2016

Cad. Saúde Pública (Online); 35 (supl.1), 2019
Publication year: 2019

O objetivo do estudo foi identificar a prevalência de problemas na docência por causa da voz entre os professores da educação básica, e analisar sua associação com a prática de atividade física. Foram utilizados dados de inquérito por entrevista telefônica junto à amostra representativa (n = 6.510) de professores do Estudo Educatel, entre outubro de 2015 e março de 2016. As informações de interesse central deste estudo compreendem o relato do professor de problemas na docência por causa da voz, a prática de atividade física no lazer (definida por sua intensidade, duração e frequência) e potenciais variáveis de confundimento. A análise dos dados foi estudada por meio de modelos de regressão de Poisson com variância robusta. Cerca de um quinto dos professores (20,5%) relatou problemas na docência por causa da voz, enquanto aproximadamente um terço relatou a prática de atividade física suficiente no lazer (≥ 150 minutos/semana) (37,8%). Tanto a prática de volume recomendado de atividade física quanto a prática de atividade física em cinco ou mais dias por semana (independentemente do volume total) estiveram associadas de forma inversa a problemas na docência por causa da voz, tanto em modelos bivariados quanto naqueles ajustados por variáveis de confundimento (sexo, idade e jornada de trabalho). Professores da Educação Básica apresentam alta prevalência de problemas na docência por causa da voz. A prática suficiente de atividade física no lazer e a prática semanal por cinco ou mais dias despontam como fatores potenciais de proteção para a redução da prevalência deste problema.
El objetivo del estudio fue identificar la prevalencia de problemas en la docencia, debidos a la voz, entre profesores de educación básica y analizar su asociación con la práctica de actividad física. Se utilizaron datos de una encuesta por entrevista telefónica, junto a una muestra representativa (n = 6.510) de profesores de Estudio Educatel, entre octubre de 2015 y marzo de 2016. La información con mayor interés de este estudio incluye el relato de docentes con problemas en su profesión, debidos a la voz, la práctica de actividad física durante el tiempo de ocio (definida por su intensidad, duración y frecuencia) y las potenciales variables de confusión. El análisis de los datos se estudió mediante modelos de regresión de Poisson con variancia robusta. Cerca de un quinto de los profesores (20,5%) informó de problemas en la docencia, debidos a la voz, mientras aproximadamente un tercio informo sobre la práctica de actividad física suficiente durante el tiempo de ocio (≥ 150 minutos/semana) (37,8%). Tanto la práctica del volumen recomendado de actividad física, como la práctica de actividad física durante cinco o más días por semana (independiente del volumen total), se asociaron de forma inversa a problemas en la docencia debidos a la voz, tanto en modelos bivariados, como en aquellos ajustados por variables de confusión (sexo, edad y jornada de trabajo). Los profesores de Educación Básica presentan una alta prevalencia de problemas en la docencia debidos a la voz. La práctica suficiente de actividad física durante el ocio y la práctica semanal durante cinco o más días despuntan como factores potenciales de protección para la reducción de la prevalencia de este problema.
The study sought to identify the prevalence of voice-related problems teaching basic education teachers and to analyze their association with the practice of physical activity. We used data from a phone survey of a representative sample (n = 6,510) of Educatel Study carried out between October 2015 and March 2016. The main data of this study were self-referred voice-related problems teaching, leisure-time physical activity (defined according to its intensity, duration and frequency) and potential confounding variables. The data was analyzed using Poisson regression models with robust variance. Around one fifth of teachers (20.5%) reported having had voice-related problems teaching, while approximately one third reported sufficient leisure-time physical activity (≥ 150 minutes/week) (37.8%). Both recommended physical activity volume and five or more days of physical activity per week (regardless of total volume) were inversely associated with voice-related problems teaching, both in bivariate models and in models adjusted for confounding variables (sex, age and working hours). Basic Education teachers have a high prevalence of voice-related problems teaching. Sufficient leisure-time physical activity and exercising five or more days a week are potential protective factors for reducing this problem.

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