Managing severe tuberculosis and its sequelae: from intensive care to surgery and rehabilitation
Tratamento da tuberculose grave e suas sequelas: da terapia intensiva à cirurgia e reabilitação

J. bras. pneumol; 45 (2), 2019
Publication year: 2019

ABSTRACT Multidrug-resistant tuberculosis (MDR-TB) and extensively drug-resistant tuberculosis (XDR-TB) continue to challenge physicians and public health specialists. Global treatment outcomes continue to be unsatisfactory, positive outcomes being achieved in only 54% of patients. Overall outcomes are even worse in patients infected with highly resistant strains. Treating MDR-/XDR-TB is difficult because of frequent adverse events, the long duration of drug regimens, the high costs of second-line drugs, chronic post-infectious sequelae, and loss of organ function. Ongoing research efforts (studies and trials) have various aims: increasing the rates of treatment success; understanding the potentialities of new and repurposed drugs; shortening the treatment duration; and reducing the rates of adverse events. It is hoped that better access to rapid diagnostics, increased awareness, and treatments that are more effective will reduce the rate of complications and of lung function impairment. This article aims to discuss the management of severe tuberculosis (defined as that which is potentially life threatening, requiring higher levels of care) and its sequelae, from intensive care to the postoperative period, rehabilitation, and recovery. We also discuss the nonpharmacological interventions available to manage chronic sequelae and improve patient quality of life. Because the majority of MDR-/XDR-TB cases evolve to lung function impairment (typically obstructive but occasionally restrictive), impaired quality of life, and low performance status (as measured by walk tests or other metrics), other interventions (e.g., smoking cessation, pulmonary rehabilitation, vaccination/prevention of secondary bacterial infections/exacerbations, complemented by psychological and nutritional support) are required.
RESUMO A tuberculose multirresistente e a tuberculose extensivamente resistente ainda são um desafio para médicos e especialistas em saúde pública. Os desfechos globais do tratamento ainda são insatisfatórios; apenas 54% dos pacientes têm um desfecho positivo. Os desfechos globais são ainda piores em pacientes infectados por cepas altamente resistentes. O tratamento da tuberculose multirresistente/extensivamente resistente é difícil em virtude dos eventos adversos frequentes, da longa duração dos esquemas terapêuticos, do alto custo dos medicamentos de segunda linha, das sequelas pós-infecciosas crônicas e da perda da função orgânica. Esforços de pesquisa (estudos e ensaios) estão em andamento e têm diversos objetivos: aumentar as taxas de sucesso do tratamento; compreender o potencial de medicamentos novos e reaproveitados; encurtar o tratamento e reduzir as taxas de eventos adversos. Espera-se que melhor acesso ao diagnóstico rápido, maior conhecimento e terapias mais eficazes reduzam as complicações e o comprometimento da função pulmonar. O objetivo deste artigo é discutir o tratamento da tuberculose grave (potencialmente fatal, que necessita de níveis maiores de atenção) e suas sequelas, desde a terapia intensiva até o pós-operatório, reabilitação e recuperação. São também discutidas as intervenções não farmacológicas disponíveis para tratar sequelas crônicas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Como a maioria dos casos de tuberculose multirresistente/extensivamente resistente resulta em comprometimento da função pulmonar (obstrução principalmente, mas às vezes restrição), qualidade de vida prejudicada e desempenho reduzido (medido por meio de testes de caminhada ou outros), são necessárias outras intervenções (cessação do tabagismo, reabilitação pulmonar, vacinação e prevenção de infecções bacterianas secundárias/exacerbações, por exemplo, complementadas por apoio psicológico e nutricional).

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