Reproductive biology of the Brazilian blind electric ray Benthobatis kreffti (Chondrichthyes: Narcinidae)
Neotrop. ichthyol; 17 (1), 2019
Publication year: 2019
This study provides information on the reproductive biology of the Brazilian blind electric ray Benthobatis kreffti, endemic to southern and southeastern Brazil. Individuals were caught by bottom trawl carried out in 2003 and 2007, at 492-501 m depth off the São Paulo State continental slope. A total of 152 females (115-299 mm) and 144 males (91-243 mm) were sampled. Maturity was first observed at 177 and 162 mm, with total length at 50% maturity of 191 and 176 mm in females and males respectively. Uterine fecundity ranged from 1-3 and was not related to female total length. Size at birth estimated from the largest near-term observed embryos and smallest free-swimming ray was 91-100 mm. The low fecundity observed is typical of deepwater elasmobranch species, as well as late maturity in comparison with costal species. The relatively large size-at-birth suggests that this species invests more in length of each embryo than in litter size, increasing the offspring's survival chance. In this context, these parameters highlight the vulnerability of this and other deepwater species to non-natural death, mostly caused by deep-sea fisheries.(AU)
Este estudo apresenta informações sobre a biologia reprodutiva da raia elétrica cega brasileira Benthobatis kreffti, endêmica do sul e sudeste brasileiros. Os indivíduos foram capturados com arrasto de fundo, em 2003 e 2007, a 492-501 m de profundidade no talude continental do Estado de São Paulo. Um total de 152 fêmeas (115-299 mm) e 144 machos (91-243 mm) foram capturados. A maturidade foi observada em fêmeas de 177 mm e machos de 162 mm, com o tamanho onde 50% dos indivíduos encontra-se maduros calculado em 191 mm (fêmeas) e 176 (machos). O tamanho da prole foi de 1-3 embriões e não foi relacionado ao comprimento materno. O tamanho ao nascer foi estimado a partir do tamanho do maior embrião à termo e o menor neonato e foi de 91-100 mm. A baixa fecundidade observada é típica de elasmobrânquios de profundidade, bem como a maturidade tardia, comparados com espécies costeiras. O grande tamanho ao nascer sugere que essa espécie investe no tamanho de cada embrião em vez do número de embriões produzidos, aumentando a chance de sobrevivência da prole. Neste contexto, estes parâmetros ressaltam a vulnerabilidade desta e outras espécies de elasmobrânquios a mortes ocasionadas pela pesca em maiores profundidades.(AU)