Violence and sexually transmitted infections in pregnancy

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 65 (3), 2019
Publication year: 2019

SUMMARY OBJECTIVE:

To synthesize the knowledge produced in studies about the association between violence and STI during pregnancy.

METHODS:

In this systematic review, we conducted basic activities of identification, compilation, and registration of the trials. The instruments of data collection were studies that investigated, explicitly, relationships between violence, gestation, and STI, from July 2012 to July 2017, using PubMed, Cochrane Library, SciELO, and LILACS.

RESULTS:

In all, 26 articles were chosen to form the basis of the analysis of this study. The relationship between violence and STI was observed in 22 of the 26 studies, and in eight of them, the violence was practiced during the gestation period. In two studies, there was no evidence of this relationship. In one study, the lack of care for STI was attributed to the unpreparedness of health professionals. Mental disorders were cited as resulting from STI in three articles and in another as a result of violence. One study found more frequent violence against adolescents, while two others cited gestation as a protective factor.

CONCLUSIONS:

IPV combines characteristics that have a different expression when the woman is in the gestational period. The literature points to a relationship between IPV against women and the presence of STI. The monitoring of pregnancy, whether in the prenatal or postpartum period, offers unique opportunities for the health professional to identify situations of violence and thus provide assistance.

RESUMO OBJETIVO:

Sintetizar o conhecimento produzido em estudos sobre a associação entre violência e IST na gestação.

MÉTODOS:

Nesta revisão sistemática, envolvemos as atividades básicas de identificação, compilação e registro dos ensaios. Os instrumentos de coleta de dados foram os estudos que investigaram, explicitamente, as relações entre violência e gestação e IST, no período de julho de 2012 a julho de 2017, utilizando PubMed, Biblioteca Cochrane, SciELO e Lilacs.

RESULTADOS:

Ao todo, 26 artigos foram escolhidos para formar a base da análise deste estudo. A relação entre violência e IST foi observada em 22 dos 26 estudos, sendo que em oito deles a violência foi praticada durante o período de gestação. Em dois estudos, não houve evidências dessa relação. Em um estudo, a falta de cuidados com a IST foi atribuída ao despreparo dos profissionais de saúde. Transtornos mentais foram citados como resultantes de IST em três artigos e em outro como resultado de violência. Um estudo encontrou violência mais frequente contra adolescentes, enquanto outros dois citaram a gestação como um fator de proteção.

CONCLUSÕES:

A VPI combina características que possuem uma expressão diferenciada quando a mulher está no período gestacional. A literatura aponta para uma relação entre a VPI contra as mulheres e a presença de IST. O acompanhamento da gravidez, seja no pré-parto, seja no pós-parto, oferece oportunidades únicas para o profissional de saúde identificar situações de violência e, assim, prestar assistência.

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