Accuracy of prenatal diagnosis of congenital cardiac malformations
Acurácia do diagnóstico pré-natal de cardiopatias congênitas
Rev. bras. ginecol. obstet; 41 (1), 2019
Publication year: 2019
Abstract Objective To evaluate the accuracy of the diagnosis of fetal heart diseases obtained through ultrasound examinations performed during the prenatal period compared with the postnatal evaluation. Methods A retrospective cohort study with 96 pregnant women who were attended at the Echocardiography Service and whose deliveries occurred at the Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Risk factor assessment plus sensitivity and specificity analysis were used, comparing the accuracy of the screening for congenital heart disease by means of obstetrical ultrasound and morphological evaluation and fetal echocardiography, considering p < 0.05 as significant. The present study was approved by the Research Ethics Committee of the Institution. Results The analysis of risk factors shows that 31.3% of the fetuses with congenital heart disease could be identified by anamnesis. The antepartum echocardiography demonstrated a sensitivity of 97.7%, a specificity of 88.9%, and accuracy of 93% in the diagnosis of congenital heart disease. A sensitivity of 29.3% was found for the obstetric ultrasound, of 54.3% for themorphological ultrasound, and of 97.7% for the fetal echocardiography. The fetal echocardiography detected fetal heart disease in 67.7% of the cases, the morphological ultrasound in 16.7%, and the obstetric ultrasound in 11.5% of the cases. Conclusion There is a high proportion of congenital heart disease in pregnancies with no risk factors for this outcome. Faced with the disappointing results of obstetric ultrasound for the detection of congenital heart diseases and the current unfeasibility of universal screening of congenital heart diseases through fetal echocardiography, the importance of the fetal morphological ultrasound and its performance by qualified professionals is reinforced for a more appropriate management of these pregnancies.
Resumo Objetivo Avaliar a acurácia do diagnóstico de cardiopatias congênitas obtidos por meio das ecografias realizadas durante o pré-natal comparativamente à avaliação pósnatal. Métodos Estudo de coorte retrospectivo com 96 gestantes atendidas no Serviço de Ecocardiografia cujos partos ocorreram no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, RS, Brasil. Utilizou-se a avaliação de fatores de risco e a análise de sensibilidade e especificidade, comparando-se a acurácia do rastreamento de cardiopatia congênita por meio da ecografia obstétrica, da avaliação morfológica e da ecocardiografia fetal, considerando-se como significativo um p < 0,05. O referido estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição. Resultados A análise de fatores de risco demonstra que 31,3% dos fetos com cardiopatia congênita poderiam ser identificados pela anamnese. As ecografias anteparto possuem sensibilidade de 97,7%, especificidade de 88,9% e acurácia de 93,0% no diagnóstico da cardiopatia congênita. Ao se analisar cada tipo de ecografia separadamente, encontrou-se sensibilidade de 29,3% para a ecografia obstétrica, de 54,3% para ecografia morfológica, e de 97,7% para ecocardiografia fetal. A ecocardiografia fetal definiu a cardiopatia fetal em 67,7% dos casos, a ecografia morfológica em 16,7%, e a ecografia obstétrica em 11,5%. Conclusão Demonstra-se uma elevada proporção de cardiopatia congênita em gestações sem fatores de risco para esse desfecho. Frente aos resultados desanimadores da ecografia obstétrica para a detecção de cardiopatias congênitas e na atual inviabilidade de rastreamento universal de cardiopatias congênitas por meio da ecocardiografia fetal, reforça-se a importância da ecografia morfológica fetal e sua realização por profissionais qualificados para esse fim de forma a permitir o manejo mais adequado destas gestações.