Modelo de Cox para análise da sobrevida das empresas de plano de saúde no Brasil
Cox model for survival analysis of health insurance companies in Brazil

J. bras. econ. saúde (Impr.); 11 (1), 2019
Publication year: 2019

Objetivo:

No Brasil, estudos sobre o tempo de vida das operadoras de planos de saúde são escassos. Assim, o artigo tem o objetivo de investigar fatores econômicos que explicam a sobrevida de empresas de plano de saúde.

Métodos:

Foi utilizada a técnica estatística denominada análise de sobrevivência, por meio do modelo semiparamétrico de Cox. Os dados foram obtidos no site da ANS (agência reguladora do setor) e referem-se a 929 operadoras de todas as regiões do país, em 2011-2018.

As seguintes variáveis foram analisadas:

Beneficiário (número médio de beneficiário por operadora), Porte (Porte 1: até 20 mil beneficiários, Porte 2: entre 20 mil e 100 mil beneficiários, Porte 3: acima de 100 mil beneficiários), Tempo no Mercado (quantidade de trimestres que a operadora permaneceu no mercado), Receita/Despesa (Muito baixa, Baixa, Alta e Muito alta), Lucro (Operadoras que lucraram e Operadoras que não lucraram), Tipo de Gestão (Gestão sem fins lucrativos e Gestão empresarial) e por último tem-se a variável (dependente) Falência, que indica se a operadora solicitou o encerramento das suas atividades.

Resultados:

Observou-se uma taxa de mortalidade para operadoras de pequeno porte maior comparativamente às demais, com probabilidade de não sobrevivência no mercado duas vezes menor em relação às empresas de médio porte e três vezes menor se comparada às de grande porte.

Conclusões:

Empresas de pequeno porte encontram-se em grande desvantagem no panorama brasileiro de operadoras de planos de saúde, qualquer que seja seu tempo de vida no mercado.

Objective:

In Brazil, studies on the survival time of health insurance providers are scarce. Thus, this article aims to investigate economic factors that explain the survival of these companies.

Methods:

The statistical technique survival analysis was used (Cox semi-parametric model). Data were obtained from the ANS (regulatory agency) website and refer to 929 operators from all regions of the country, 2011-2018.

The following variables were analyzed:

Beneficiaries (average number of beneficiaries per provider), Size (Size 1: Up to 20 thousand beneficiaries, Size 2: Between 20 thousand and 100 thousand beneficiaries, Size 3: Above 100 thousand beneficiaries) Time in market (Number of quarters that the provider remained in the market), Revenue/Expenses (Very Low, Low, High and Very High), Profit (Providers that profited and providers that did not profit), Type of Management (Nonprofit Management and For profit/Business Management) and lastly the (dependent) Bankruptcy variable, which indicates if the operator requested the ending of its activities.

Results:

A higher mortality rate was observed for small providers compared to the others, with a probability of non-survival in the market two times smaller in relation to medium-sized companies and three times lower than the large ones.

Conclusions:

Small businesses are at a great disadvantage in the Brazilian panorama of health insurance providers, regardless of their life time in the market.

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