Gerais (Univ. Fed. Juiz Fora); 12 (2), 2019
Publication year: 2019
Este artigo objetiva apresentar os principais aspectos teóricos e conceituais de duas teorias:
Memória Coletiva, termo
cunhado por Maurice Halbwachs (1877-1945) e a Teoria das Representações Sociais, pensada pelo psicólogo Serge
Moscovici (1928-2014), bem como de que maneira esses dois campos se confluem, tendo em vista a influência
sociológica de Émile Durkheim (1858-1917). Esse estudo reúne elementos teórico-conceituais do pensamento
durkheimiano, que pode ampliar a discussão acerca das articulações entre as duas perspectivas teóricas apresentadas.
Sob esse enfoque epistemológico, a discussão entre Memória Coletiva e Teoria das Representações Sociais tem sido
pouco enfatizada nas produções científicas que se propuseram a concatenar as duas teorias, o que imprime
originalidade ao presente trabalho. É perceptível uma relação de similaridade entre o processo de ancoragem
moscoviciano com os quadros sociais da memória, sendo que ambos dependem de processos relacionais para
construção social das práticas cotidianas e da capacidade de teorização da realidade social.
This paper aims to present the main theoretical and conceptual aspects of two theories:
Collective Memory, a term
coined by Maurice Halbwachs (1877-1945) and Social Representations Theory, developed by the psychologist Serge
Moscovici (1928-2014), and how both fields converge, considering the sociological influence of Emile Durkheim
(1858-1917). This study brings together theoretical and conceptual elements of Durkheim´s thought, which can
broaden the discussion about the connections between the theoretical perspectives presented. Under this
epistemological approach, the discussion between Collective Memory and Social Representations Theory has been
little emphasized in the scientific productions that have proposed to concatenate the two theories, which brings
originality to the present work. It is noticeable the similarity between the anchoring process of Moscovici and the
social frames of memory, both of which depend on relational processes for the social construction of daily practices
and the ability to theorize social reality.