Rev. bras. ciênc. saúde; 21 (4), 2017
Publication year: 2017
Objetivo:
Avaliar prevalência e intensidade de sintomas depressivos em pacientes admitidos no ambulatório de neurologia do HULW-UFPB por diversas outras queixas, analisando o perfil sociodemográfico e epidemiológico dessa população. Material e Métodos:
Inquérito realizado de março de 2013 a agosto de 2015, com aplicação do Inventário de Depressão de Beck-II em 235 pacientes entre 17 e 59 anos de idade. A pesquisa realizada foi do tipo transversal, qualitativa e quantitativa. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística inferencial univariada e bivariada. Resultados:
O sexo feminino foi o mais frequente, 70% dos entrevistados; com média de 40,1 anos; casadas e com segundo grau completo. 48% exercem alguma atividade laboral, com jornada de dois turnos de trabalho (22,1%). Foram observados sinais de depressão mínima ou ausente em 51,9%; sintomas leves, em 23,4%; moderados em 15,7% e severos em 8,9% dos pacientes avaliados. Conclusão:
Os sintomas depressivos foram cerca de 5 a 9 vezes mais prevalentes que os referidos na literatura, com uma porcentagem de sinais depressivos severos alarmantes. Esses achados configuram um importante problema de saúde pública, alertando quanto à investigação de queixas depressivas subestimadas por essa população.(AU)
Objective:
To evaluate the prevalence and severity of depressive symptoms among patients admitted to the HULWUFPB outpatient neurology service due to varied complaints. The sociodemographic and epidemiological profile of this population was further evaluated. Material and Methods:
This was a cross-sectional, qualitative and quantitative study carried out from March 2013 to August 2015, with the application of the Beck-II Depression Inventory in 235 patients randomly selected between 17 and 59 years of age. The data were analyzed using univariate and bivariate inferential statistics. Results:
There was a prevalence of women (70% of respondents), with an average of 40.1 years, married, and with a high school education; 48% had some work activity, with a work journey of two shifts (22.1%). Signs of minimal or absent depression were observed in 51.9% of the cases; while mild, moderate and severe symptoms were found in 23.4%, 15.7%, and 8.9% of the patients evaluated. Conclusion:
Depressive symptoms reported in this study were found to be about 5 to 9 times more prevalent than those reported in the literature, with an alarming percentage of severe depressive symptoms. These findings indicate the presence of an important public health problem and should further guide the investigation of the underestimated depressive complaints in this population.(AU)