Rev. bras. ciênc. saúde; 21 (4), 2017
Publication year: 2017
Objetivo:
Analisar os arranjos assumidos, por famílias de feirantes, frente ao adoecimento de um membro. Material e Métodos:
Trata-se de um estudo exploratório, qualitativo, realizado mediante observação sistemática e entrevista semiestruturada com 17 feirantes. Adotou-se a análise de conteúdo temática conforme três fases: pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados obtidos e interpretação. Os resultados foram organizados em uma categoria, que abarca uma subcategoria. Resultados:
Os feirantes consideram que os arranjos familiares independem da gravidade do adoecimento e das práticas de cuidado a serem efetivadas no domicílio, mas sim da existência de relações concretas e constantes na rede familiar, de modo que o relacionamento entre seus membros não é modificado em face das alterações no processo saúde-doença. Os arranjos familiares enfatizam ainda, a família nuclear como protagonista, a mulher como cuidadora natural, assim como a importância da família extensa e abrangente no processo de cuidar. Revelam uma dinâmica plural, com as ações coadjuvantes da família extensa e da abrangente que determinam a efetividade das práticas de cuidado. Conclusão:
Cabe aos profissionais de saúde a aplicação das técnicas de avaliação dos sistemas familiares, de modo a identificar os membros familiares protagonistas do cuidado, bem como reconhecer conflitos e harmonia nas relações que possam subsidiar o seu processo de trabalho.(AU)
Objective:
To analyze the arrangements made by families of street marketers face to the illness of a member. Material and Methods:
This was an exploratory qualitative study using systematic observation and semi-structured interview with 17 street marketers. Thematic content analysis was adopted according to three stages:
pre-analysis, material exploration, treatment of results obtained and interpretation. The results were organized into one category, which encompasses a subcategory. Results:
The marketers consider that family arrangements are independent of the severity of illness and homecare practices, but depend on the existence of concrete and constant relationships in the family network. According to them, the relationship between family members does not change based on the health-disease process. Family arrangements also encompass the nuclear family as the protagonist, the woman as a natural caregiver, as well as the importance of the extended and comprehensive family in the process of caring. They reveal a plural dynamic, with the supporting actions of the extended and comprehensive family determining the effectiveness of care practices. Conclusion:
It is up to the nursing professionals to apply the techniques for family system assessment, in order to identify family members responsible for the care, as well as to recognize conflicts and harmony in the relationships that can subsidize their work process.(AU)