Fadiga e Sintomas Vocais em Professores Universitários
Fatigue and Vocal Symptoms in University Professors
Fatiga y Síntomas Vocales en Profesores Universitarios

Distúrb. comun; 31 (2), 2019
Publication year: 2019

Introdução:

Na profissão docente, a voz é primordial para o desempenho profissional, contudo muitos professores desconhecem a fisiologia da fonação e os cuidados necessários com a voz. Além de alterações na qualidade vocal, professores podem apresentar variados sintomas vocais, com implicações relevantes no processo ensino-aprendizagem.

Objetivo:

Verificar o índice de fadiga e sintomas vocais em professores universitários e correlacionar os protocolos Índice de Fadiga Vocal (IFV) e Escala de Sintomas Vocais (ESV).

Métodos:

Foram aplicados os protocolos IFV e ESV em 126 professores universitários de uma universidade federal brasileira, sendo 71 mulheres e 55 homens, com faixa etária entre 30 a 50 anos. Foi realizada análise estatística por meio da Correlação de Spearman, adotando-se nível de significância de 5%.

Resultados:

A média de pontuação do domínio “fadiga e restrição vocal” foi de 13,7 e 4,05 para o ítem “desconforto físico associado à voz”. Sem conversão, o valor médio para o domínio “recuperação com repouso vocal” foi de 7,93, e com inversão foi de 4,06. Cansaço ao falar, ardência na garganta e rouquidão foram os sintomas mais autorreferidos. Observou-se que, quanto maior os sintomas vocais, maior o índice de fadiga vocal (r= 0,727; p= < 0,001).

Conclusão:

Professores universitários apresentaram escores médios dos fatores 1 e 2 do IFV maiores do que os escores apresentados por indivíduos vocalmente saudáveis, e escore médio do fator 3 semelhante ao escore médio de disfônicos. Rouquidão foi o sintoma prevalente em todos os professores. Houve correlação positiva forte entre os protocolos.

Introduction:

The voice is essential for teachers to practice their profession although many teachers do not know the phonation physiology and how to take care of their voices. In addition to changes in vocal quality, teachers may present vocal symptoms with relevant implications in the teaching-learning process.

Objective:

To verify fatigue and vocal symptoms in university professors and correlate the Vocal Fatigue Index (VFI) with the Vocal Symptom Scale (VoiSS).

Methods:

(VFI) and (VoiSS) protocols were applied in 126 university professors, 71 women and 55 men, aged 30 to 50 years, teaching at a Brazilian Federal University. Statistical analysis was performed using Spearman’s Correlation, adopting a significance level of 5%.

Results:

The mean score of the “fatigue and vocal restriction” domain was 13.7 and 4.05 for the item “physical discomfort associated with voice”. Without conversion, the mean value for the domain “recovery with vocal rest” was 7.93, but with conversion, the mean score was 4.06. Tiredness on speaking, burning in the throat and hoarseness were the most frequent symptoms in the participants; It was observed that higher is the vocal symptoms, higher is the vocal fatigue (r = 0.727, p = <0.001) Conclusion: Professors presented VFI mean scores of factors 1 and 2 higher than scores presented by vocally healthy individuals, and the score of the factor 3 was very similar of the score presented by individuals with dysphonia. Hoarseness was the prevalent symptom in all teachers. There was a strong positive correlation between the protocols.

Introducción:

En la profesión docente, la voz es primordial para el desempeño profesional, sin embargo muchos profesores desconocen la fisiología de la fonación y los cuidados necesarios con la voz. Además de cambios en la calidad vocal, los profesores pueden presentar variados síntomas vocales, con implicaciones relevantes en el proceso enseñanza-aprendizaje.

Objetivo:

Verificar el índice de fatiga y síntomas vocales en profesores universitarios y correlacionar los protocolos Índice de fatiga vocal (IFV) y Escala de Síntomas Vocales (ESV).

Métodos:

Se aplicaron los protocolos IFV y ESV en 126 profesores universitarios de una universidad federal brasileña, siendo 71 mujeres y 55 hombres, con rango de edad entre 30 a 50 años. Se realizó análisis estadístico a través de la Correlación de Spearman, adoptando un nivel de significancia del 5%.

Resultados:

El promedio de puntuación del dominio “fatiga y restricción vocal” fue de 13,7 y 4,05 para el ítem “incomodidad física asociada a la voz”. Sin conversión, el valor medio para el dominio “recuperación con reposo vocal” fue de 7,93, y con inversión fue de 4,06. Cansancio al hablar, ardor en la garganta y ronquera fueron los síntomas más autorreferidos. Se observó que, cuanto mayor los síntomas vocales, mayor el índice de fatiga vocal (r = 0,727; p = <0,001).

Conclusión:

Profesores universitarios presentaron escores medios de los factores 1 y 2 del IFV mayores que los puntajes presentados por individuos sanos sanos, y puntaje promedio del factor 3 semejante al puntaje medio de disfónicos. La ronquera fue el síntoma prevalente en todos los profesores. Hubo correlación positiva fuerte entre los protocolos.

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