Reprodutibilidade de testes de resolução temporal em adultos

Souza, Ellen Karoline de; Aguiar, Livia Barbosa; Evangelista, Carolina Karla de Souza; Nunes, Aryelly Dayane da Silva; Lima, Kaio Ramon de Aguiar; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; Balen, Sheila Andreoli

O uso de testes comportamentais é uma prática clínica frequente na audiologia devido à sua grande contribuição ao diagnóstico e aos processos de intervenção fonoaudiológica.

Objetivo:

Verificar a reprodutibilidade dos protocolos de avaliação da resolução temporal em adultos.

Método:

Participaram da amostra 34 sujeitos, 22 do sexo feminino e 12 do masculino, com média de idade de 26,21 anos (20 a 52 anos; dp= 8,92) seguindo os critérios: ausência de histórico otológico e/ou audiológico e queixas escolares; normalidade no padrão audiológico e no teste dicótico de dígitos. Foram utilizados na pesquisa os testes Random Gap Detection Test e Gap in Noise, a 50 dB. Ambos foram aplicados em dois momentos, sendo a segunda aplicação com intervalo de uma semana da primeira. O teste Wilcoxon foi utilizado para análise do desempenho da amostra no teste GIN em função da orelha e Teste de Friedman para análise do RGDT em função da frequência testada nos dois momentos. Foi adotado o nível de significância de 5%. O coeficiente de correlação intraclasse foi utilizado na análise da concordância entre as aplicações teste(T1) e reteste (T2) pelo mesmo avaliador (reprodutibilidade).

Resultados:

Não houve diferença entre as frequências testadas no RGDT (média) no T1 e T2. Houve diferença no desempenho do GIN entre orelha direita e esquerda no T2. A reprodutibilidade de teste-reteste no RGDT (média) e GIN foi substancial conforme o coeficiente de correlação intraclasse.

Conclusão:

Há reprodutibilidade no teste RGDT quando comparada a média das frequências e no teste GIN bilateralmente.

The behavioral test is frequent clinical practice in audiology due to its contribution to the diagnosis and speech therapy intervention processes.

Objective:

To verify the reproducibility of temporal resolution assessment protocols in adults.

Method:

A total of 34 subjects, 22 females and 12 males, with an average age of 26.21 years (20 to 52 years old; dp = 8.92) were included, following the criteria: absence of otological and/or audiological history and school complaints; normality in the audiological pattern and in the dichotic test of digits. The Random Gap Detection and Gap in Noise tests, at 50 dB, were used. Both were applied in two moments; the second application with a one-week interval of the first. The Wilcoxon test was used to analyze the performance of the sample in the GIN test in the ear and Friedman test in order to analyze the RGDT as a function of the frequency tested in the two moments. The level of significance of 5% was adopted. The intraclass correlation coefficient was used in the analysis of the agreement between the test (T1) and retest (T2) applications by the same evaluator (reproducibility).

Results:

There was no difference between the frequencies tested in the RGDT (mean) in T1 and T2. There was a difference in GIN performance between the ears in T2. The test-retest reproducibility in the RGDT (mean) and GIN was substantial according to the intraclass correlation coefficient.

Conclusion:

There is reproducibility in the RGDT test when compared to the mean frequencies and in the GIN test bilaterally.

El uso de pruebas comportamentales es una práctica clínica frecuente debido a su contribución al diagnóstico y intervención del lenguaje y del habla.

Objetivo:

Verificar la reproducibilidad de los protocolos de evaluación de La resolución temporal en adultos.

Método:

Participaron de la amuestra 34 sujetos, 22 del sexo femenino y 12 del masculino, con un promedio de 26,21 años (20 a 52 años; dp= 8,92) siguiendo los criterios: ausencia de histórico otológico, audiológico y quejas escolares; normalidad del patrón audiológico y en la prueba dicótica de dígitos. Se utilizaron las pruebas Random Gap Detection Test y Gap in Noise, a 50dB. Ambos fueron aplicados en dos momentos, siendo la segunda aplicación con intervalo de una semana de la primera. La prueba Wilcoxon fue utilizada para analizar el rendimiento de la muestra en la prueba GIN en función de la oreja y la prueba de Friedman para el análisis del RGDT en función de la frecuencia probada en los dos momentos. Se adoptó el nivel de significancia del 5%. El coeficiente de correlación intraclase fue utilizado en el análisis de la concordancia entre las aplicaciones test(T1) y reprueba(T2) por el mismo evaluador.

Resultados:

No hubo diferencia entre las frecuencias probadas en el RGDT en el T1 y T2. Hubo diferencias en rendimiento del GIN entre las orejas en el T2. La reproducibilidad de prueba-reprueba en el RGDT y GIN fue sustancial conforme el coeficiente de correlación intraclase.

Conclusión:

Hay reproducibilidad en la prueba RGDT cuando se compara el promedio de las frecuencias y la prueba GIN bilateralmente.