Prótese valvar Starr-Edwards - meio século de durabilidade
Starr-Edwards valve prothesis - half a century of durability

Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 29 (2 (Supl)), 2019
Publication year: 2019

A prótese de Star-Edwards foi a primeira válvula mecânica a ser implantada no mundo, no ano de 1960. Cerca de 200.000 pacientes foram beneficiados com esse modelo, porém, caiu em desuso por suas frequentes complicações como hemólise, anemia e tromboembolismos, apesar de sua notável durabilidade. Neste artigo apresentamos um caso de paciente com a maior durabilidade com manutenção da funcionalidade da prótese S-E, já relatado na literatura. O paciente fez o seguimento cardiológico corretamente, bem como usou a anticoagulação adequada. Apresentou disfunção de outras valvas, porém a prótese S-E manteve-se estável e funcional. Inclusive, necessitou de cirurgia para troca valvar mitral, mas não da prótese de S-E em posição aórtica. Este relato foi realizado através da história clínica do paciente e do levantamento de dados da literatura sobre próteses valvares e sua durabilidade. Existem relatos de durabilidade de próteses valvares com aproximadamente 30 a 40 anos, mas nenhum relato próximo ou igual a este com 49 anos de durabilidade. A importância dos cuidados pós-operatórios, uso correto dos anticoagulantes e o seguimento clínico para controle das possíveis complicações da prótese, foi mostrada neste artigo através do relato desse caso
In 1960, the Starr-Edwards prosthesis became the first mechanical valve to be implanted, worldwide. Roughly 200,000 patients benefited from this model. However, it has now fallen out of use due to its frequent complications, such as hemolysis, anemia and thromboembolisms, despite its noteworthy durability. In this article, we present a case of a patient with the longest durability with maintenance of functionality of the S-E prosthesis reported in the literature. The patient had correctly followed the cardiological follow-up, including adequate use of anti-coagulant medications. The patient presented dysfunction in other valves, but the S-E prosthesis remained stable and functional. The patient even required mitral valve replacement surgery, but not for the S-E prosthesis in the aortic position. This report was based on patient’s clinical history and a survey of the literature data on valve prostheses and their durability. There are reports of prostheses remaining stable for approximately 30 to 40 years, but none that came close to this one, which had lasted for 49 years The importance of postoperative care, the correct use of anti-coagulant medicines, and clinical follow-up to minimize the possible complications of the prosthesis, were shown in this article through this case report

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