Violência ocupacional na equipe de enfermagem: prevalência e fatores associados
Violencia laboral en el equipo de enfermería: prevalencia y factores asociados
Occupational violence in the nursing team: prevalence and associated factors
Acta Paul. Enferm. (Online); 32 (4), 2019
Publication year: 2019
Resumo Objetivo Identificar a prevalência e os fatores associados à violência ocupacional na equipe de enfermagem. Métodos Trata-se de um estudo transversal realizado com uma amostra de 242 trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário da Região Sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu de janeiro a junho de 2018, por meio de um questionário de caracterização sociodemográfica e ocupacional e o Questionário para Avaliação da Violência no Trabalho Sofrida ou Testemunhada por Trabalhadores de Enfermagem. Os dados foram analisados por estatística descritiva e regressão logística múltipla. Resultados A prevalência de violência física foi de 20,2%; de abuso verbal, 59,1%; e a de assédio sexual foi de 12,8%. Os fatores associados à violência física foram ser testemunha de agressão física ocupacional (p<0,001; ORajustado: 5,757) e relacionamento interpessoal ruim (p=0,043; ORajustado: 2,172); ao abuso verbal, ser testemunha de violência verbal no ambiente de trabalho (p<0,001; ORajustado: 11,699), ser vítima de violência física (p=0,043; ORajustado: 2,336) e falta de reconhecimento profissional (p=0,004; ORajustado: 0,361); e ao assédio sexual, ser testemunha desse tipo de assédio (p=0,030; ORajustado: 3,422), ser vítima de abuso verbal (p=0,031; ORajustado: 3,116), trabalhar no turno noturno (p=0,036; ORajustado: 0,396) e idade mais jovem (p=0,001; ORajustado: 0,924). Conclusão A equipe de enfermagem foi vítima de diferentes tipos de violência no trabalho e associaram-se a ela, principalmente, os fatores ocupacionais, como testemunhar a violência ocupacional.
Resumen Objetivo identificar la prevalencia y los factores asociados a la violencia laboral en el equipo de enfermería. Métodos se trata de un estudio transversal realizado con una muestra de 242 trabajadores de enfermería de un hospital universitario de la región sur de Brasil. La recolección de datos se realizó de enero a junio de 2018, por medio de un cuestionario de caracterización sociodemográfica y laboral y el Cuestionario para Evaluación de la Violencia Laboral Sufrida o Presenciada por Trabajadores de Enfermería. Los datos fueron analizados por estadística descriptiva y regresión logística múltiple. Resultados la prevalencia de violencia física fue de 20,2%; de acoso verbal, 59,1%; y de acoso sexual, 12,8%.
Los factores asociados a la violencia física fueron:
presenciar agresión física laboral (p<0,001; ORajustado: 5,757) y mala relación interpersonal (p=0,043; ORajustado: 2,172); al acoso verbal: presenciar violencia verbal en el ambiente de trabajo (p<0,001; ORajustado: 11,699), ser víctima de violencia física (p=0,043; ORajustado: 2,336) y falta de reconocimiento personal (p=0,004; ORajustado: 0,361); y al acoso sexual: presenciar este tipo de acoso (p=0,030; ORajustado: 3,422), ser víctima de acoso verbal (p=0,031; ORajustado: 3,116), trabajar en el turno nocturno (p=0,036; ORajustado: 0,396) y edad más joven (p=0,001; ORajustado: 0,924). Conclusión el equipo de enfermería fue víctima de diferentes tipos de violencia laboral, a la que se asocia, principalmente, los factores laborales, como presenciar violencia laboral.
Abstract Objective To identify the prevalence of and factors associated with occupational violence among members of the nursing team. Methods This was a cross-sectional study, conducted with a sample of 242 nursing professionals from a university hospital in the southern region of Brazil. The data were collected from January to June of 2018, using a sociodemographic and occupational characterization questionnaire, and the Questionnaire for assessing violence in work suffered or witnessed by nursing staff. Data were analyzed using descriptive statistics and multiple logistic regressions. Results The prevalence of physical violence was 20.2%; verbal abuse 59.1%; and sexual harassment, 12.8%.