Heart Failure with Mid-Range Ejection Fraction - State of the Art
Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Intermediária - Estado da Arte

Arq. bras. cardiol; 112 (6), 2019
Publication year: 2019

Abstract In 2016, the European Society of Cardiology (ESC) recognized heart failure (HF) with ejection fraction between 40 and 49% as a new HF phenotype, HF with mid-range ejection fraction (HFmrEF), with the main purpose of encouraging studies on this new category. In 2018, the Brazilian Society of Cardiology adhered to this classification and introduced HFmrEF in Brazil. This paper presents a narrative review of what the literature has described about HFmrEF. The prevalence of patients with HFmrEF ranged from 13 to 24% of patients with HF. Analyzing the clinical characteristics, HFmrEF shows intermediate characteristics or is either similar to HF with preserved ejection fraction (HFpEF) or to HF with reduced fraction (HFrEF). Regarding the prognosis, HFmrEF's all-cause mortality is similar to HFpEF's and lower than HFrEF's. Studies that analyzed cardiac mortality concluded that there was no significant difference between HFmrEF and HFrEF, both of which were lower than HFpEF. Despite the significant increase of publications on HFmrEF, there is a great scarcity of prospective studies and clinical trials that allow delineating specific therapies for this new phenotype. To better treat HFmrEF patients, it is fundamental that cardiologists and internists understand the differences and similarities of this new phenotype.
Resumo Em 2016, a Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) reconheceu a insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção do ventrículo esquerdo entre 40% e 49% como um novo fenótipo de IC, a IC com fração de ejeção intermediária (ICFEI), tendo como principal intuito, incentivar estudos sobre essa nova categoria. Em 2018, a Sociedade Brasileira de Cardiologia aderiu a essa classificação e introduziu a ICFEI no Brasil. O presente trabalho traz uma revisão narrativa sobre o que a literatura descreve até o momento sobre ICFEI. A prevalência de pacientes com ICFEI variou de 13-24% dos pacientes com IC. Quando avaliadas as características clínicas, a ICFEI apresenta um caráter intermediário ou se assemelha algumas vezes com a IC de fração de ejeção preservada (ICFEP) e outras com a IC de fração reduzida (ICFER). Quanto ao prognóstico, a ICFEI apresenta mortalidade por todas as causas semelhante a ICFEP e menor que a ICFER. Os estudos que analisaram a mortalidade por causa cardíaca concluíram que não houve diferença significativa entre ICFEI e ICFER, sendo ambas menores que a ICFEP. Apesar do considerável aumento de publicações sobre a ICFEI, ainda existe uma grande carência de estudos prospectivos e ensaios clínicos que possibilitem delinear terapias específicas para esse novo fenótipo. O conhecimento das particularidades da ICFEI por cardiologistas e internistas é fundamental para o melhor manejo desses pacientes.

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