Cognition and renal function: findings from a Brazilian population
Cognição e função renal: achados de uma população brasileira

J. bras. nefrol; 41 (2), 2019
Publication year: 2019

ABSTRACT Introduction:

The prevalence of chronic kidney disease (CKD) is increasing, with a potential impact in the risk of acceleration of dementia. The potential association between glomerular filtration rate (eGFR) and cognitive performance was scarcely studied. The aim of this study was to evaluate cognitive performance levels across different degrees of kidney function.

Methods:

We analyzed 240 outpatients in a nephrology service, classified according to eGFR: Advanced (≤ 30ml/min/1.73m2), Moderate (30,1ml/min/1.73m2 to ≤ 60ml/min/1.73m2), and Mild CKD (> 60ml/min/1.73m2). Word list memory, Semantic fluency, Mental State Mini Exam and Trail Making Test (TMT) were applied to evaluate cognitive performance. In the TMT, lower scores are associated with better cognition. In linear regression, cognitive function was considered as dependent variables while groups based on eGFR were considered explanatory variables. The group with eGFR > 60ml/min was the reference and models were adjusted for confounding factors.

Results:

In our population (n = 240) 64 patients (26.7%) were classified as having advanced, 98(40,8%) moderate, and 78(32,5%) mild. There was no statistical difference among them in MMSE or in the verbal fluency test. However, comparing to mild, patients with advanced CKD presented significantly worse cognitive performance measured by TMTA [50,8s ± 31.1s versus 66,6s ± 35,7s (p = 0.016)] and TMTB [92,7s ± 46,2s versus 162,4s ± 35,7s (p < 0.001)]. Significantly lower TMTB scores (CI95%) 33,0s (4,5-61,6s) were observed in patients with mild compared to advanced CKD in the multivariate analysis adjusting for age, education, sex, diabetes, and alcohol use.

Conclusion:

Advanced CKD is independently associated with poorer cognitive performance measured by an executive performance test compared to mild CKD.

RESUMO Introdução:

A elevação da prevalência de doença renal crônica (DRC) traz consigo um impacto potencial sobre o risco de aceleração da demência. A possível associação entre taxa de filtração glomerular (TFGe) e desempenho cognitivo foi pouco estudada. O objetivo do presente estudo foi avaliar os níveis de desempenho cognitivo em indivíduos com diferentes graus de função renal.

Métodos:

Foram analisados 240 pacientes ambulatoriais atendidos em um serviço de nefrologia classificados segundo a TFGe em grupos com DRC avançada (≤ 30ml/min/1,73m2), moderada (30,1ml/min/1,73m2 a ≤ 60ml/min/1,73m2) ou leve (> 60ml/min/1,73m2). Testes de memória por listas de palavras, fluência semântica, o mini exame do estado mental e o teste das trilhas (TT) foram aplicados para avaliar o desempenho cognitivo. No TT, escores mais baixos representam melhor cognição. Na regressão linear, função cognitiva foi considerada como variável dependente, enquanto os grupos baseados na TFGe foram considerados como variáveis explicativas. O grupo com TFGe > 60ml/min foi utilizado como referência e os modelos foram ajustados para fatores de confusão.

Resultados:

Em nossa população (n = 240), 64 pacientes (26,7%) foram diagnosticados com DRC avançada, 98 (40,8%) com DRC moderada e 78 (32,5%) com DRC leve. Não houve diferença estatística entre eles no MEEM ou no teste de fluência verbal. Contudo, em relação aos indivíduos com DRC leve, os pacientes com DRC avançada apresentaram desempenho cognitivo significativamente pior medido pelo TT A [50,8s ± 31,1s x 66,6s ± 35,7s (p = 0,016)] e TT B [92,7s ± 46,2s x 162,4s ± 35,7s (p < 0,001)]. Escores significativamente mais baixos no TT B (IC95%) 33,0s (4,5-61,6s) foram observados nos pacientes com DRC leve em comparação com o grupo com DRC avançada na análise multivariada ajustada para idade, escolaridade, sexo, diabetes e uso de álcool.

Conclusão:

DRC avançada esteve independentemente associada a pior desempenho cognitivo medido por um teste de desempenho executivo em comparação à DRC leve.

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