Simulação de incidente com múltiplas vítimas: treinando profissionais e ensinando universitários
Multiple victims incident simulation: training professionals and university teaching

Rev. Col. Bras. Cir; 46 (3), 2019
Publication year: 2019

RESUMO Objetivo:

descrever estratégia de ensino a partir da simulação de Incidente de Múltiplas Vítimas (IMV), discutindo e avaliando a atuação dos discentes envolvidos no atendimento inicial às vítimas de trauma.

Métodos:

estudo transversal com abordagem quantitativa que contemplou a execução de uma simulação realística de IMV, envolvendo discentes, docentes dos Cursos de Medicina e de Enfermagem, além de profissionais do atendimento pré-hospitalar.

Resultados:

a partir da análise de 17 checklists, foi possível perceber que a classificação segundo o método START (Simple Triage And Rapid Treatment) aconteceu de forma correta em 94,1% dos atendimentos. Seguindo a avaliação primária com o mnemônico ABCDE, todas as etapas foram realizadas de forma correta em 70%. Contudo, só houve oferta de oxigênio em alto fluxo em 64,7% dos atendimentos. A pesquisa por fontes de sangramento visíveis e ocultas foi realizada em 70,6% dos atendimentos. A avaliação neurológica com a escala de coma de Glasgow e avaliação pupilar ocorreu em 70,6% das vítimas. A exposição da vítima foi realizada em 70,6% dos atendimentos.

Conclusão:

ambientes simulados permitem a consolidação e o aperfeiçoamento de competências e habilidades profissionais, principalmente quando se trata de uma área pouco treinada na graduação, como o IMV. O treinamento precoce e o atendimento em equipe estimulam o raciocínio clínico, a integração e a comunicação, aspectos essenciais diante de situações caóticas.

ABSTRACT Objective:

to describe the teaching strategy based on the Multiple Victims Incident (MVI) simulation, discussing and evaluating the performance of the students involved in the initial care of trauma victims.

Methods:

a cross-sectional, and quantitative study was performed. A realistic MVI simulation involving students, and professionals from nursery and medical schools, as well as a prehospital care team was performed.

Results:

it was possible to notice that the classification according to the START method (Simple Triage and Rapid Treatment) was correct in 94.1% of the time from the analysis of 17 preestablished checklists. Following the primary evaluation with the ABCDE mnemonic, all steps were performed correctly in 70%. However, there was only supply of oxygen in high flow in 64.7% of the examination. The search for visible and hidden bleeding was performed in 70.6% of the examination. The neurological evaluation with the Glasgow coma scale and pupillary evaluation occurred in 70.6% of the victims. The victims exposure was performed in 70.6% of the examination.

Conclusion:

a simulated environment allows the consolidation and improvement of professional skills, especially when we are talking about a poorly trained area during the undergraduate program, such as the MVI. Early training and teamwork encourage clinical thinking, integration and communication, essential abilities when facing chaotic situations.

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