Maternal and perinatal outcomes in pregnant women with cystic fibrosis
Desfechos maternos e perinatais em gestantes portadoras de fibrose cística
Rev. bras. ginecol. obstet; 41 (4), 2019
Publication year: 2019
Abstract Objectives To assess the perinatal and maternal outcomes of pregnant women with cystic fibrosis (CF) and severe lung impairment. Methods This was a series of cases aiming to review the maternal and fetal outcomes in cases of singleton pregnant women with a diagnosis of CF. We have included all of the cases of singleton pregnancy in patients with CF who were followed-up at the obstetrics department of the Medical School of the Universidade de São Paulo, between 2003 and 2016. The exclusion criteria were the unattainability of the medical records of the patient, and delivery at other institutions. A forced expiratory volume in 1 second < 50% was considered as severe lung impairment. We have also analyzed data regarding maternal hospitalization and respiratory exacerbations (REs). Results Pregnant women with CF and severe lung impairment did not present an association with spontaneous prematurity, fetal growth restriction or fetal demise. All of the cases involved multiple RE episodes requiring antibiotic therapy. The median (range) of events per patient was of 4 (2-4) events. Conclusion Cystic fibrosis patients with severe lung impairment may achieve successful term pregnancies. However, pregnancies of women with CF are frequently complicated by REs, and this population may require hospital admission during the course of the pregnancy. Cystic fibrosis patients should be followed by a specialized team with experience in treating respiratory diseases.
Resumo Objetivo Avaliar os desfechos maternos e perinatais de gestações em mulheres portadoras de fibrose cística (FC) e disfunção pulmonar grave. Métodos Série de casos visando a avaliação dos desfechos maternos e perinatais em gestações únicas de mulheres com diagnóstico de FC. Foram incluídos todos os casos de gestações únicas de pacientes comFC que tiveramacompanhamento no departamento de obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 2003 a 2016. Os critérios de exclusão foramnão disponibilidade do prontuário da paciente e parto em outro serviço. Disfunção pulmonar grave foi definida como presença de volume expiratório forçado em1 segundo < 50%. Foramanalisados tambémos dados referentes a exacerbações respiratórias e internações maternas. Resultados Gestação em mulheres portadoras de FC com disfunção pulmonar grave não se associaramcomprematuridade espontânea, restrição de crescimento fetal ou óbito fetal. Todos os casos apresentarammúltiplos episódios de exacerbações respiratórias necessitando de antibioticoterapia. A mediana de eventos por pacientes (intervalo) foi de 4 (2-4) eventos. Conclusão Mulheres portadoras de FC com disfunção pulmonar grave podem evoluir com gestações de termo bem sucedidas. Entretanto, gestações nestas pacientes são frequentemente complicadas por exacerbações respiratórias, necessitando de internação. Gestantes portadoras de FC devem ser acompanhadas por uma equipe especializada com experiência no manejo de doenças respiratórias.