Adiponectina, doença cardiovascular e suas relações com o exercício físico: revisão narrativa
Adiponectin, cardiovascular disease and its relationship with physical exercise: a narrative review
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 29 (1 (Supl)), 2019
Publication year: 2019
Há uma estreita relação entre os níveis circulantes de adiponectina, resistência à
insulina e risco cardiovascular. As evidências disponíveis que avaliaram a relação entre
adiponectina e exercício físico apresentam algumas controvérsias. Estudos recentes
mostraram que o treinamento aeróbico não altera os níveis de adiponectina sem que
haja redução significativa no peso corporal; outros estudos mostram que uma modesta
perda de peso, em conjunto com treinamento aeróbico, melhora de forma importante os níveis dessa proteína – inclusive se não houver alteração no peso. Por outro lado, foi
documentado que o treinamento aeróbico aumenta níveis de adiponectina até mesmo se
houver ganho de peso. Motivado por tais discordâncias, o objetivo desta revisão narrativa
foi apresentar e discutir a relação entre adiponectina e doenças cardiovasculares, bem como a possível influência do exercício físico nas concentrações sanguíneas de adiponectina
e a sua associação com a melhora do estado glicêmico
There is a close relationship between circulating levels of adiponectin, insulin resistance and cardiovascular risk. The available evidence that evaluated the relationship between adiponectin levels and physical exercise is somewhat controversial. Recent studies have shown that aerobic training does not alter adiponectin levels without significant reduction in body weight; other studies show that modest weight loss, along with aerobic training, significantly improves the levels of this protein – even if there is no change in weight. On the other hand, it has been documented that aerobic training increases levels of adiponectin even if there is weight gain. Motivated by such inconsistencies, the purpose of this narrative review was to present and discuss the relationship between adiponectin and cardiovascular diseases, as well as the possible influence of physical exercise on blood concentrations of adiponectin and its association with improved glycemic status