Prevalence of enteroparasitosis in the indigenous community of Mato Grosso, Brazil: a look into the sanitation and ethno-development
Prevalência de enteroparasitoses em comunidade indígena de Mato Grosso, Brasil: um olhar sobre o saneamento e etnodesenvolvimento

Saúde Pesqui. (Online); 12 (2), 2019
Publication year: 2019

The intestinal parasitic diseases directly affect the quality of life of indigenous populations, because of vulnerabilities they experience. This study aimed to understand the prevalence of intestinal parasites among the Haliti-Paresí and relate with sanitation and ethno-development. It is a quantitative and cross-sectional study on indigenous Utiaritiland where reside the Haliti-Paresí, in the middle region northern Mato Grosso, Brazil. Data collection occurred in 2015, from interview with application of semi-structured form and collection of feces for coprological survey.Forty-three indigenous people participated in the study, of an average age of 30.9 years old, mostly women, and a predominance of basic education. The prevalence of enteroparasitosis was 46.6%, predominantly among men, reaching all adolescents, followed by children, without the influence of schooling in the rate of infection. Nine species were detected, being six pathogenic, Giardia duodenalis, Entamoebahistolytica, Ancilostomídeo, Blastocystishominis, Hymenolepis nana and Rodentolepis nana, in addition to three non-pathogenic, Iodamoebabutschlii, Entamoeba coli and Endolimax nana.The sanitation conditions, associated with cultural habits, point to the need for improvement in sanitation, since we detected a high prevalence of intestinal parasitoses in this study. The ethno-development may be crucial as strategies for the maintenance of culture in balance with health and sanitary development.
As doenças parasitárias intestinais impactam diretamente na qualidade de vida das populações indígenas, em decorrência das vulnerabilidades que vivenciam. Objetivou-se conhecer a prevalência das parasitoses intestinais entre os Haliti-Paresí e relacionar com o saneamento e etnodesenvolvimento. Trata-se de um estudo quantitativo e transversal na terra indígena Utiariti onde residem os Haliti-Paresí, na região médio Norte de Mato Grosso, Brasil. A coleta de dados ocorreu em 2015, a partir de entrevista com aplicação de formulário semiestruturado e coleta de fezes para inquérito coprológico. Participaram do estudo 43 indígenas, com idade média de 30,9 anos, maioria mulheres e predomínio do ensino fundamental. A prevalência de enteroparasitoses foi de 46,6%, predominando entre os homens, atingindo todos os adolescentes, seguido pelas crianças, sem influência da escolaridade na taxa de infecção. Nove espécies foram detectadas, sendo seis patogênicos, Giardiaduodenalis, Entamoebahistolytica, Ancilostomídeo, Blastocystishominis, Hymenolepis nana e Rodentolepis nana, além de três não patogênicas, Iodamoebabutschlii, Entamoeba coli e Endolimax nana. As condições de saneamento associadas aos hábitos culturais apontam para necessidade de melhoria no saneamento, uma vez que detectamos alta prevalência de parasitoses intestinais neste estudo. O etnodesenvolvimento poderá ser fundamental como estratégias de manutenção da cultura em equilíbrio com a saúde e desenvolvimento sanitário.

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