Arq. gastroenterol; 56 (2), 2019
Publication year: 2019
ABSTRACT BACKGROUND:
Treatment for inflammatory bowel disease (IBD) includes a variety of immunosuppressants and biological agents, which increase the risk of infections due to altered cellular and humoral immunity. Prevention of these infections can be done through vaccination, however, patients with IBD are usually under-immunized. OBJECTIVE:
Analyze the immunization status of patients with IBD and confront it with the current recommendations to verify if the immunization guidelines are being followed correctly. METHODS:
Analytical cross-sectional study including 239 IBD patients being regularly followed in the Gastroenterology Service from Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, which were subjected to a survey about their relevant demographic data and immunization status. RESULTS:
The amount of patients that declared being unaware of their immunization status is high - between 34.3% (Tdap) and 52% (meningococcal) - excepting IIV, hepatitis B and HPV. The vaccines with the largest rates of patients declaring to have taken it are inactivated influenza vaccine (72.4%), BCG (55.3%), hepatitis B (48.3%), measles, mumps and rubella vaccine (43.8%) and DTaP (43%). The vaccines with the lowest rates of patients declaring to have taken it are Haemophilus influenza type b (0.8%), herpes zoster (2.1%) and HPV (3.4%). Patients that are being treated or have been treated with biological therapy have the largest immunization coverage for inactivated influenza vaccine (81%) and PPSV23 (25.9%), also they have the largest awareness rates for those vaccines. CONCLUSION:
Although being a specialized service linked to a university hospital, vaccination coverage and patients' awareness rates proved to be below the desirable level. Vaccination and recovery of the immunization history is recommended immediately after the diagnosis of IBD, regardless of the use of biological agents. Those findings support the need of implementing hospital guidelines and constantly verifying its application by the multidisciplinary team in specialized services in IBD.
RESUMO CONTEXTO:
No tratamento de doenças inflamatórias intestinais (DII) são usados imunossupressores e agentes biológicos, o que aumenta o risco de infecções pela alteração da imunidade celular e humoral. A prevenção de algumas dessas infecções pode ser feita pela vacinação, entretanto pacientes com DII apresentam baixas taxas de cobertura vacinal. OBJETIVO:
Analisar a situação vacinal de pacientes com DII e comparar com a recomendação vigente na literatura para verificar se os esquemas de imunização estão sendo corretamente aplicados nessa população. MÉTODOS:
Estudo transversal analítico com 239 pacientes com DII em acompanhamento no Serviço de Gastroenterologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, os quais foram submetidos a um questionário sobre dados demográficos relevantes e sobre a situação vacinal. RESULTADOS:
A taxa de pacientes que declarou não ter conhecimento de sua situação vacinal é alta - entre 34,3% (dTpa) e 52% (meningocócica) - com exceção das vacinas influenza, hepatite B e HPV. As vacinas com maior taxa de pacientes que declararam ter recebido a vacina são influenza (72,4%), BCG (55,3%), hepatite B (48,3%), tríplice viral (43,8%) e DTPa (43%). As vacinas com menor taxa de pacientes que declararam ter recebido a vacina são Haemophilus influenza b (0,8%), herpes zoster (2,1%) e HPV (3,4%). Pacientes que fazem ou já fizeram tratamento com agentes biológicos têm melhor cobertura vacinal das vacinas para influenza (81%) e PP23V (25,9%), além de maior conhecimento sobre o estado vacinal para essas vacinas. CONCLUSÃO:
Apesar de se tratar de um serviço especializado ligado a um hospital universitário, a cobertura vacinal e o conhecimento dos pacientes sobre as vacinas estão abaixo do desejado. A recuperação do histórico vacinal e a recomendação das vacinas necessárias devem ser realizadas logo após o diagnóstico de DII, independentemente do uso de agentes biológicos. Esses achados indicam a necessidade da criação e monitoramento constante da aplicação de um protocolo pela equipe multidisciplinar de serviços especializados em DII.