Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.); 85 (4), 2019
Publication year: 2019
Abstract Introduction:
The use of surgical decompression of facial hemispasm due to the loop in the internal auditory canal is not always accepted due to the risk related to the surgical procedure. Currently a new surgical technique allows surgeons to work in safer conditions. Objective:
To report the results with endoscope-assisted retrosigmoid approach for facial nerve microvascular decompression in hemifacial spasm due to neurovascular conflict. The surgical technique is described. Methods:
We carried out a prospective study in a tertiary referral center observing 12 (5 male, 7 female) patients, mean age 57.5 years (range 49-71) affected by hemifacial spasm, that underwent to an endoscope assisted retrosigmoid approach for microvascular decompression. We evaluated intra-operative findings, postoperative HFS resolution and complication rates. Results:
Hemifacial spasm resolution was noticed in 9/12 (75%) cases within 24 h after surgery and in 12/12 (100%) subjects within 45 days. A significant (p < 0.001) correlation between preoperative historical duration of hemifacial spasm and postoperative recovery timing was recorded. Only 1 patient had a complication (meningitis), which resolved after intravenous antibiotics with no sequelae. No cases of cerebrospinal fluid leak, facial palsy or hearing impairment were recorded. Hemifacial spasm recurrence was noticed in the only subject where the neurovascular conflict was due to a vein within the internal auditory canal. Conclusions:
The endoscope assisted retrosigmoid approach technique offers an optimal visualization of the neurovascular conflict thorough a minimally invasive approach, thus allowing an accurate decompression of the facial nerve with low complication rates. Due to the less invasive nature, the procedure should be considered in functional surgery of the cerebellar pontine angle as hemifacial spasm treatment, specially when the procedure is performed by an otolaryngologist.
Resumo Introdução:
O uso de descompressão cirúrgica do espasmo hemifacial devido ao loop no canal auditivo interno nem sempre é aceito devido ao risco relacionado ao procedimento cirúrgico. Atualmente, uma nova técnica cirúrgica permite trabalhar em condições seguras. Objetivo:
Relatar os resultados que obtivemos com a abordagem retrosigmóidea assistida por endoscopia para a descompressão microvascular do nervo facial em casos de espasmo hemifacial devido a conflito neurovascular. A técnica cirúrgica é descrita. Método:
Realizamos um estudo prospectivo em um centro de referência terciária observando 12 pacientes (5M, 7F), com média de idade de 57,5 (intervalo 49-71) anos com espasmo hemifacial submetidos a uma abordagem retrosigmóide assistida por endoscopia para descompressão microvascular. Foram avaliados os achados intraoperatórios, a resolução pós-operatória do espasmo hemifacial e as taxas de complicações. Resultados:
A resolução do espasmo hemifacial foi observada em 9/12 (75%) dos casos nas 24 horas após a cirurgia e em 12/12 (100%) dos indivíduos até 45 dias. Uma correlação significativa (p < 0,001) entre a duração do histórico pré-operatório de espasmo hemifacial e o tempo de recuperação pós-operatório foi registrado. Apenas um paciente apresentou uma complicação (meningite), que foi resolvida após administração de antibióticos por via intravenosa sem sequelas. Nenhum caso fístula liquórica, paralisia facial ou deficiência auditiva foi registrado. A recorrência do espasmo hemifacial foi observada em único indivíduo em quem o conflito neurovascular foi causado por um vaso no interior do canal auditivo interno. Conclusões:
A técnica da abordagem retrosigmóidea assistida por endoscopia oferece uma ótima visualização do conflito neurovascular através de uma abordagem minimamente invasiva, permite assim uma descompressão precisa do nervo facial com baixas taxas de complicações. Por ser menos invasivo, o procedimento deve ser considerado na cirurgia funcional do ângulo pontocerebelar como tratamento de espasmo hemifacial, especialmente quando o procedimento é feito por um otorrinolaringologista.